Jornal Correio Braziliense

Cidades

Comércio informal desestimula floriculturas a abrir neste feriado

Cerca de 80% das floriculturas do Distrito Federal não pretendem abrir no Dia de Finados, de acordo com estimativa do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios (Sindigêneros-DF). A causa do fechamento é a competição com o comércio ambulante irregular, que ocupa as portas dos cemitérios com arranjos a preços menores.

O feriado de Finados costuma ser um dos pontos altos na venda de flores, junto a datas como Dia dos Namorados e Dia das Mães. Mas segundo nota publicada no site da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), a data não é mais um atrativo aos empresários.

No comunicado da Fecomercio-DF, o presidente da Sindigêneros-DF, Joaquim Santos, diz que a data não influencia mais nas vendas. "Os ambulantes não são só pais de família e sim empresários que disponibilizam caminhões e vendem mais barato do que compram;, explica.

Floriculturas da 716 abrirão
"Incomoda muito, porque a gente paga imposto, água, luz, e eles não pagam nada", afirma Alex Aragão, gerente da Natureza Flores. Alex garante que as lojas do Mercado das Flores, próximo ao Cemitério Campo da Esperança na quadra 716 Sul, estarão abertas nesta terça-feira (2/11). "A gente tem que vender, né. Fechar as portas é pior ainda", lamenta.

Ambulantes permanecem mesmo com fiscalização


Na tarde desta segunda-feira (1;), a Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) foi ao cemitério de Taguatinga para confiscar a carga ilegal de produtos. A agência afirma que a vistoria sempre é feita nesta data, e será realizada novamente amanhã. "Eles abrem ou fecham se quiserem, a gente não pode intervir nisso", disse um representante do órgão.

Os vendedores ambulantes que não portarem autorização da administração regional terão os produtos apreendidos. Para reaver a mercadoria, é preciso mostrar a nota fiscal da compra, ou algum outro documento que ateste a procedência das flores.