Cerca de 100 servidores do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) fazem um protesto, nesta manhã de sexta-feira (29/10), em frente à casa do governador do Distrito Federal, Rogério Rosso, no Lago Sul. A manifestação acontece devido aos últimos pronunciamentos do governador em relação ao fechamento do hospital. Os servidores alegam que Rosso tem a intenção de rescidir o contrato no dia 31 de dezembro, mas o documento só venceria em 21 de janeiro.
O protesto é organizado pela Associação dos Servidores do HRSM, que ofereceu um ônibus para levar os manifestantes - que utilizam os crachás do trabalho - até o local. A manifestação conta também com faixas e cartazes. Nelas estão os dizeres: "Governador, o Hospital de Santa Maria é do povo"; "Governador, o Hospital de Santa Maria é igual a atendimento com dignidade", "Governador, fechar o Hospital de Santa Maria é loucura".
Por volta das 11h20, cinco pessoas da associação se reuniam com o governador para discutir o fato. Inicialmente será apenas uma conversa, e não há informações de documentos a serem entregues. Entre os cinco, estão o presidente da asssociação, Wesley Ricardo, e o vice Ricardo Carvalhal.
Apoio
Além dos integrantes da associação, algumas mães de crianças que necessitam dos equipamentos da UTI neo-natal para os filhos também participam da manifestação. Elas apoiam o protesto porque também estão preocupadas com a possibilidade de fechamento do hospital, já que os filhos precisam de acompanhamento.
A cozinheira Eliana Alves dos Santos, 35 anos, tem uma filha de três meses, que desde o nascimento necessita dos equipamentos da UTI. Ela afirma estar com muito medo e sem saber o que vai acontecer com a filha. "Por isso resolvemos nos unir ao pessoal do hospital na manifestação para realmente solicitar providências", explica.
Atendimento
De acordo com a Associação dos Servidores, o atendimento aos pacientes não está sendo prejudicado por conta da manifestação. Segundo a entidade que representa a categoria, há uma escala de remanejamento dos servidores para evitar qualquer problema.
Eles também informaram que não têm qualquer intenção de paralisarem as atividades por não quererem prejudicar os pacientes.