Jornal Correio Braziliense

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Indústria deve investir e contratar mais empregados nos próximos meses

Empresários estão otimistas com possibilidade de crescimento das atividades produtivas

Os empresários brasilienses esperam um crescimento da atividade da indústria para os próximos seis meses. É o que revela a pesquisa Sondagem Industrial, realizada pela Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), divulgada ontem. O levantamento, que ouviu 82 pessoas no período de 4 a 19 de outubro, revelou que a expectativa de demanda por produtos chega a 61,6 pontos. O humor dos empreendedores com relação ao mercado é medido em uma escala de 0 a 100, sendo que valores acima de 50 indicam otimismo. As respostas dos entrevistados também apontaram que os industriais do DF pretendem comprar matérias primas ; o indicador para essa variável atingiu 59,6 pontos ;e contratar mais funcionários ; 50,9 pontos.

;O cenário é de otimismo;, acredita o presidente da Fibra, Antônio Rocha. Um outro indicador da indústria divulgado esta semana havia apontado um sentimento de confiança dos empresários locais. O chamado Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) atingiu 64,1 pontos no Distrito Federal em outubro, superando em 7,3 pontos o resultado de setembro. O número foi divulgado em matéria do Correio.

A Sondagem Industrial é realizada periodicamente pela Fibra no DF, e, no país fica a cargo da Confederação Nacional da Indústria (CNI). No Brasil, entre as avaliações positivas dos industriais que mais se sobressaíram, ultrapassando a linha divisória dos 50 pontos, estão a análise da situação financeira (54,8 pontos); a satisfação com a margem de lucro (50,7 pontos). Essa última variável ficou em terreno positivo pela primeira vez nos últimos três anos.

Problemas
A pesquisa da Fibra também avaliou os principais problemas do empresário do setor industrial no DF. A carga tributária mantém-se há oito trimestres consecutivos como o principal empecilho, citado por 60% dos entrevistados. A falta de trabalhador qualificado vem em segundo lugar no ranking. O quesito ocupa posição de destaque pelo segundo trimestre consecutivo, conforme resposta de 53,3% dos industriais.

A competição acirrada de mercado também foi um fator que causou preocupação no terceiro trimestre, superando a falta de demanda que ocupava o terceiro lugar anteriormente. Apontado por 46,7% dos entrevistados com um entrave, o item ;competição; passa de quarto para terceiro problema mais impactante. ;Os impostos pagos pelas indústrias do Entorno são mais baixos do que aqueles pagos pelas do DF. Esse é um dos fatores de preocupação do empresariado local;, declara Antônio Rocha.

No país, a sondagem da CNI apontou como principal problema a competição acirrada, mencionada por 40,5% dos consultados. A sondagem industrial nacional foi feita com 1.529 empresas.