Os servidores da saúde prisional, que cruzaram os braços na quarta-feira (15/9), devem voltar às atividades nesta amanhã (17/9), segundo o sub-secretário de Saúde, Berardo Augusto Nunan. Ele conta que fez uma visita ao Complexo da Papuda, onde os manifestantes estão concentrados desde ontem.
De acordo com o assistente social, Lenilton de Sousa Martins, 32 anos, às 10h desta sexta, haverá uma reunião entre a classe e Nunan para que sejam decididos os rumos da greve. "Nossos representantes vão ao encontro, mas vamos trabalhar normalmente", esclarece. Sobre as condições de trabalho, o subsecretário analisa a situação das penitenciárias e se posicionará amanhã.
Greve
A classe negocia com a Secretaria de Saúde do DF desde a semana passada para que seja tomada uma atitude em relação às condições de trabalho e desfalque na equipe. "Eles já falaram claramente que a saúde prisional não é prioridade, por estar afastada da sociedade", conta.
Por conta do descaso, os servidores decidiram paralisar as atividades. A equipe, formada por cerca de 60 profissionais, atende 7 mil presos, no total. Entretanto, de acordo com Berardo, na próxima segunda-feira (20/9), serão nomeados cerca de 100 profissionais de diversas áreas da Saúde e alguns ficarão lotados nos presídios.