Cerca de dois mil colchões estão amontoados há pelo menos quatro meses em um dos prédios da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejus), localizado no Trecho 8 do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). As peças ocupam várias salas e servem para atender aos menores infratores internados nos quatro centros de reabilitação existentes no Distrito Federal. O problema é que, no lugar onde estão acomodados os colchões, trabalham cerca de 50 funcionários da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), que se sentem incomodados com a situação e preocupados, pois acreditam que o material pode servir de combustível para um eventual incêndio.
Eles reclamam do pouco espaço para desenvolver suas atividades e que o contato direto causa até crise alérgica em alguns servidores, instalados provisoriamente no prédio. Um funcionário, que preferiu não se identificar, demonstrou indignação ao falar sobre o assunto. ;Isso já está assim faz quase cinco meses e ninguém está se importando com a qualidade do trabalho e da saúde dos funcionários que estão aqui. Nem tiram esses colchões empoeirados, nem nos colocam em outro lugar mais decente. O número de atestados cresceu um absurdo depois que colocaram esses colchões aqui. Nesta época de seca, a situação piorou ainda mais;, reclamou. Outro servidor teme uma tragédia. ;Qualquer faísca ali dentro mata todo mundo, pois até no teto tem colchão. Se isso pegar fogo, vai causar um incêndio de grandes proporções;, disse.
Remanejamento
A diretora executiva da Funap, Verlúcia Moreira Cavalcante, afirmou que a situação está próxima de ser resolvida, pois os trabalhadores devem ser transferidos nos próximos dias para uma sala na antiga Rodoferroviária ; que também funcionará provisoriamente, já que a sede oficial está sendo construída no Trecho 4 do SIA. A assessoria de imprensa da Sejus informou que os colchões estão em salas desocupadas e que eles não comprometem o serviço dos funcionários. Mesmo assim, devem ser colocados em outro local nos próximos dias.