Jornal Correio Braziliense

Cidades

Interdição de vias marginais da EPTG traz problema no primeiro dia útil

Um grande congestionamento se formou no fim da tarde de ontem

No primeiro dia útil após a interdição das vias marginais norte e sul da Estrada Parque Taguatinga (EPTG) ; na altura do viaduto de Águas Claras ;, os motoristas enfrentaram problemas na hora de voltar para casa. Ontem, às 17h40, o sentido Plano Piloto-Taguatinga já apresentava lentidão a partir da altura da QE 2 do Guará I. O principal motivo era o fechamento do acesso à Estrutural, próximo ao Jóquei Clube. Passado esse ponto, havia fluidez na movimentação do grande volume de carros que seguia em direção a Águas Claras e a Taguatinga.

Além do congestionamento, os motoristas tiveram dificuldade para encontrar os acessos. Desde sábado até o fim do próximo mês, quem se dirigir às colônias agrícolas Samambaia e Vicente Pires terá um caminho mais longo. O acesso mais próximo fica no Pistão Norte, passando pelo Taguaparque. O motorista que sai de Taguatinga e pretende ir a Águas Claras só consegue entrar na cidade pelos acessos do Pistão Sul ou pelo Viaduto Israel Pinheiro.

A interdição foi feita no último sábado e deve durar cerca de 30 dias. Tradicionalmente, a situação do trânsito tem sido mais complicada nos horários de chegada e de saída do trabalho. Para a analista financeira Elisângela Silva, 32 anos, as alterações não mudaram a confusão diária que o motorista que utiliza a via enfrenta diariamente. ;Há mudanças todos os dias, e não é bem sinalizado. A situação fica pior sobretudo à noite;, acredita.

A economista Patrícia Costa, 33, mora em Águas Claras e trabalha no Setor Comercial Sul. Pega a Estrada Parque duas vezes por dia e, no total, gasta até duas horas no trajeto. Apesar de reclamar de pontos escuros, como o acesso a Vicente Pires, e da ineficácia da sinalização, as mudanças ajudaram a dar vazão ao engarrafamento. ;Não acho que piorou. Mas, como o volume de carros é muito grande, as obras nunca vão atender a demanda;, diz. Para ela, o prazo estipulado para o fim das obras não será suficiente. ;Ontem mesmo eu estava questionando isso. Com tantas coisas que faltam ser feitas, acho difícil entregar a EPTG completa em outubro;, aposta.

Como se não bastasse o trânsito lento, quem rotineiramente usa os caminhos para chegar em casa ou ir para o trabalho achou as modificações um tanto complicadas. ;Eu achei que a pista ficou muito mal sinalizada. A ideia de alargar a EPTG é boa, mas quem mora por aqui tem que retornar por caminhos que não fazem parte do percurso. Fica muito longe;, reclamou o comerciante Marcelo Ferreira, 50 anos, morador da Colônia Agrícola Samambaia. Mesmo com a barreira na pista, muitos condutores preferiram ignorá-lo. Vários carros foram flagrados furando o bloqueio nos horários de trânsito intenso, para fugir do congestionamento.

Segundo o superintendente de Obras do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), Samuel Dias, o ajuste na sinalização é feito diariamente e que é normal os motoristas estranharem a mudança nos primeiros dias. Ele disse que as equipes têm trabalhado nas partes interditadas, fazendo aterros e retirando as passarelas provisórias. O prazo para as pistas serem liberadas é de 30 dias, com exceção da obra na altura do Jóquei, cujo o prazo final é outubro, quando toda a obra deve ser finalizada.