No dia em que o triplo homicídio na 113 Sul completa um ano, Adriana Villela, filha do casal de advogados José Guilherme Villela, 73 anos, e Maria Carvalho Mendes Villela, 69, esteve na cena do crime. Vestida toda de branco e acompanhada pelos policiais da Coordenação de Investigação de Crimes Contra a Vida (Corvida), Adriana chegou ao local às 18h30 deste sábado (28/8) e saiu três horas depois. Algemada, ela falou ao Correio Braziliense. "Não entendo o que eles querem provar com isso. Sou inocente", disse ao se referir às algemas e à decisão da polícia em levá-la ao apartamento dos pais justamente no dia e na hora do assassinato.
Além dos policiais da Corvida, peritos estiveram no apartamento dos Villelas, mas não se pronunciaram sobre novidades quanto à investigação. A filha de Adriana, Carolina, e outros parentes também estiveram no apartamento, devolvido à família há três meses. O advogado de defesa Rodrigo de Alencastro disse que Adriana está passando por uma situação humilhante. "Em todas as outras diligências, ela veio sem algemas e no banco de trás, não no cubículo", disse, referindo-se ao tratamento da Corvida.
Sobre a investigação, o advogado acredita que a polícia já cometeu muitos erros e que Adriana não fez nada aos pais ou à empregada Francisca Nascimento da Silva, 58 anos. "Nada há contra Adriana. Está se impondo um sofrimento desnecessário a ela e à família, mas nós confiamos no poder Judiciário." Alencastro ainda disse que Adriana quer e pretende responder a todas as perguntas da imprensa.
[SAIBAMAIS]Adriana Villela está detida no Presídio Feminino do Distrito Federal, no Gama, desde o último dia 16, porque teria, segundo a polícia, atuado para atrapalhar as investigações dos assassinatos dos próprios pais, o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, 73 anos, e Maria Carvalho Mendes Villela, 69, e da empregada do casal Francisca Nascimento da Silva, 58.