O desembargador Romão Cícero, da Primeira Turma Criminal, concedeu, no início da noite desta quarta-feira (25/8), habeas corpus para a paranornal Rosa Maria Jaques e o marido dela, João Tocchetto. Os dois estão presos no Distrito Federal desde quarta-feira (18/8), acusados de atrapalhar as investigações do triplo homicídio na 113 Sul. O crime, ocorrido em 28 agosto de 2009, tirou a vida do ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral José Guilherme Villela, 73 anos, da mulher dele, Maria Carvalho Mendes Villela, 69, e da principal empregada do casal, Francisca Nascimento da Silva, 58.
[SAIBAMAIS]Rosa Maria e Tocchetto teriam fraudado a existência de uma chave do apartamento do casal Villela na casa de dois moradores de Vicente Pires. Em 31 de outubro de 2009, ela procurou a delegada Martha Vargas, então chefe da 1; DP (Asa Sul), para dizer que tinha a ;missão; de ajudar nas investigações dos homicídios do casal de advogados José Guilherme Villela e Maria Villela; e da empregada deles Francisca da Silva. No mesmo dia, a vidente, o marido, a delegada e o policial civil José Augusto Alves ; então braço direito de Martha ; foram ao imóvel dos Villela. Usando seus supostos dons de clarividência, Rosa teria visto pelos olhos do autor o local de sua residência.
Em abril deste ano, a polícia reconheceu que a chave encontrada em Vicente Pires teria sido plantada no local. O episódio se tornou uma das razões para a decretação, na semana passada, da prisão temporária de cinco pessoas ; a vidente e o marido, o policial José Alves, uma ex-faxineira dos Villela e a filha do casal assassinado, Adriana, que é considerada pela Coordenação de Investigação de Crimes Contra a Vida (Corvida) a principal suspeita do crime.
No despacho em que decidiu pelas prisões, o juiz Fábio Esteves escreveu que Rosa Maria e Adriana Villlea se encontraram antes de a paranormal procurar a polícia. Segundo ele, o grupo agiu de forma ;orquestrada; para atrapalhar os trabalhos de apuração do caso.