Há três meses, a copeira fez uma operação no joelho e desde então estava afastada do trabalho devido à dificuldade de caminhar. Ontem, após o almoço, por volta das 14h30 de ontem, ela lavava a varanda do sobrado da casa, na Quadra 403 do Recanto das Emas, quando foi chamada por um dos netos. Ao se apoiar na barra de proteção da sacada, ela escorregou e caiu de uma altura de aproximadamente seis metros.
A aposentada apresentava vários ferimentos quando o Corpo de Bombeiros chegou ao local, cerca de 15 minutos após o acidente. De acordo com uma vizinha, Irene teve cortes profundos na boca e na orelha e também vomitou muito após a queda. Ela foi encaminhada, em estado grave, para o Hospital Regional do Gama (HRG). Ao ser constatado um coágulo na cabeça, Irene foi transportada ao Hospital de Base do DF para realizar mais exames. De acordo com a amiga Eula Lemos, Irene conseguiu mexer os braços na noite de ontem.
Apesar de na casa morarem apenas Irene e o marido, filhos e netos do casal costumam visitá-los diariamente. No momento do acidente, havia apenas um neto e um sobrinho na residência. O companheiro José Bezerra estava no trabalho quando recebeu a notícia. ;Voltei correndo e a encontrei no chão;, relembra o marido.
Escorregadio
Segundo ele, o piso da varanda não possui antiderrapante. ;O chão já é escorregadio. Além disso, ela não deve ter conseguido se equilibrar por causa do problema no joelho;, acredita Bezerra.
O episódio não chegou a ser registrado pela 27; Delegacia de Polícia, no Recanto das Emas. Segundo o delegado-chefe Alexandre Nogueira, não há o que ser apurado nas situações de autolesão, como a de Irene.
O Corpo de Bombeiros do DF alerta que os acidentes domésticos são mais comuns quando envolvem pessoas com deficiência de audição, de visão e de locomoção. Andar sempre calçado, instalar piso antiderrapante, impedir o contato de água nos fios e manter as áreas iluminadas são algumas das medidas que devem ser adotadas para diminuir o risco de acidentes.