Por Pedro Gordilho*
;Na aproximação de 28 de agosto, coincidentemente um ano depois da morte dos dois amigos inesquecíveis e tão queridos Maria e José Guilherme Villela, sem um dado real a se oferecer àqueles que sofrem e que acompanham com grande pesar essa tragédia, eis que são decretadas prisões temporárias, inclusive a de Adriana Villela. Ela é inocente.
Os fatos apresentados são costurados a esmo, mediante conjecturas sem medida, visando ajustá-los a um objetivo pré-existente, como se uma investigação legítima tivesse início pela escolha do suspeito para depois se buscar a comprovação, a qual, estou absolutamente convicto, não será alcançada em tempo nenhum, diante da inocência de Adriana.
Na busca e apreensão realizada na residência de Adriana também foi assim. Na invasão não autorizada por ordem judicial ou de familiares do escritório profissional de Maria e José Guilherme ; denunciada à época ; o mesmo se deu. Um suposto clamor invisível, de um lado. De outro, o exercício abusivo dos poderes do Estado.
Agora, temos a prisão temporária de Adriana Villela ; dedicada, prestante, colaboradora espontânea e incansável nas investigações policiais ; em face de uma infundada suspeita de obstrução. Os juízes haverão de reparar tais procedimentos erráticos, que ofendem, quando denunciados, até mesmo o senso comum. A injustiça feita a um ser humano é uma ameaça feita a toda a humanidade.;
Ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral e amigo da família Villela