Jornal Correio Braziliense

Cidades

Justiça do DF nega habeas corpus para Adriana Villela

O desembargador Romão Cícero, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, negou, por volta das 16h desta quinta-feira (19/8), o pedido de habeas corpus para Adriana Villela, 46 anos. Ela é apontada pela Justiça como a principal suspeita do assassinato dos pais dela, o casal de advogados José Guilherme Villela e Maria Carvalho Mendes Villela, mortos em 28 de agosto de 2009.

[SAIBAMAIS]Adriana deverá permanecer atrás das grades pelo menos até quinta-feira, quando os desembargadores julgarão o mérito do HC. Antes, porém, o pedido de habeas corpus será submetido à apreciação do Ministério Público, que dará o parecer favorável ou contrário. A filha do casal Villela está presa desde segunda-feira, na Penitenciária Feminina do Gama.

Outros quatro acusados de atrapalhar as investigações do triplo homicídio foram presos na terça-feira (17). Entre eles, o policial da Divisão de Combate ao Crime Organizado (Deco) José Augusto Alves, 41 anos, e Guiomar Barbosa da Cunha, 71, ex-faxineira do casal Villela. Na manhã de quarta (18), desembarcaram em Brasília, algemados, a vidente Rosa Maria Jaques, 61, e o marido dela, João Tocchetto, 49. O casal estava em Porto Alegre (RS), onde mora.

Os investigadores acusam Adriana de tramar com Rosa Maria a fraude da suposta chave do apartamento dos Villela que incriminou três moradores de Vicente Pires, Alex Peterson Soares, 23 anos, e Rami Jalau Kaloult, 28, e Cláudio José de Azevedo Brandão, 38. Em novembro, a delegada Martha Vargas, então chefe da 1; DP, anunciou ter encontrado a chave no lote onde o trio morava, a prisão deles e a solução do crime.

No entanto, ao assumirem as investigações, os policiais da Corvida descobriram que, na verdade, a mesma chave apreendida no imóvel dos acusados havia sido fotografada pela perícia nas dependências do apartamento das vítimas no dia em que os corpos foram encontrados.

Memória
O assassinato do ex-ministro José Guilherme Villela, 73 anos, de sua mulher, Maria Carvalho Mendes Villela, 69, e da empregada do casal, Francisca Nascimento da Silva, 58, ocorreu em 28 de agosto de 2009 e continua sem solução. Foram recolhidas diversas evidências, entre elas impressões digitais, vestígios de sangue e até mesmo uma faca que teria sido usada para matar os três ; no total, eles levaram 73 facadas.