Jornal Correio Braziliense

Cidades

Operação retira ambulantes irregulares em frente à nova Câmara Legisltiva

A Agência de Fiscalização (Agefis) do Distrito Federal, e a Secretaria de Ordem Pública (Seops) realizaram, por volta das 16h desta quinta-feira (5/8), uma operação em frente à nova Câmara Legislativa, no Setor de Indústria Gráfica (SIG). A ação retirou do local três ambulantes e cinco flanelinhas que trabalhavam sem autorização. Todos os comerciantes que atuavam de forma irregular foram encaminhados a 5; Delegacia de Polícia (Setor Bancário Norte) para prestar depoimentos.

[SAIBAMAIS]Fiscais recolheram cadeiras, mesas, carrinhos, tambores usados para a captação de água e alimentos. Todo o material foi encaminharam para o depósito da Afefis. A ação durou cerca de 40 minutos e contou com o apoio de 14 policiais militares, 10 agentes da Seops e oito policiais civis. Segundo o chefe de operações da Seops, Dalmir Caixeta, a operação foi realizada por conta dos problemas que começaram com a transferências dos flanelinhas e ambulantes da antiga para a nova sede da Câmara Legislativa.

O delegado-chefe da 5; DP, Laércio Rosseto, comentou a preocupação com a ida dos câmelos para a área. "Precisamos manter a ordem no local, pelo menos na área pública externa", explicou. Segundo ele, Brasília precisa ser um exemplo de organização.

Para continuar no local, os flanelinhas precisam ser regularizados pelo GDF e os ambulantes devem se associar à União dos Proprietários de Trailers, Quiosques e Similares do DF (Unitrailer). Quem aprensentou a liminar qua garante o direito de trabalhar permaceu no local.

Ambulantes antigos
Uma ambulante que trabalha na região há 10 anos, mas preferiu não ter a identidade divulgada, disse que se assustou quando os fiscais chegaram e recolheram suas mesas e cadeiras. "O nervosismo era tanto que eu passava pelo documento que procurava e não reconhecia que era ele", conta. Ela apresentou a documentação e teve o material devolvido pelos agentes.

O casal Nelci Gama, 59 anos, e Leniuza Santos, 56, trabalham como flanelinhas no local. Os dois são regularizados. No entanto, eles utilizavam um tambor para armazenar água, o que é proibido. "Levaram o tambor, escova e sabão", diz Nelci. O flanelinha também disse que pode lavar o carro a seco, mas isso é caro para ele e para o cliente. "O produto que usamos para lavar a seco custa R$ 90 o litro", explica. Além disso, ele também reclamou que o curso para lavagem a seco custa R$ 300.

Já Carlos Roberto Domingos, 57 anos, conhecido como Carlão, vende sanduíches em sua Kombi. Ele é regularizado pelo Microempreendedor Individual (MEI), do Governo Federal, e paga R$ 57 de imposto. Porém, o que o impediu de trabalhar foi a licença pela Unitrailer. "Eu vou me cadastrar na Unitrailer amanhã e segunda-feira eu tô de volta", garantiu.