O estudante de administração, Anderson Ferreira da Silva, 26 anos, foi condenado, nesta quarta-feira (4/8), a 21 anos e 6 meses de prisão por homicídio qualificado de motivo fútil e ocultação de cadáver. O julgamento ocorreu no Fórum de São Sebastião e durou mais de seis horas.
Anderson passou quase um mês dormindo ao lado do corpo da mãe, Rosilda Maria de Fátima Silva, enterrada no jardim de inverno de casa, em São Sebastião. Ele cometeu o crime em abril e disse hoje que está arrependido e que não se recorda do momento do crime, mas não nega a autoria.
A defesa também não descartou a autoria e, como apelo, usou o argumento de que Anderson teria problemas familiares e depressão. Para a diminuição da pena, a advogada colocou que o crime ocorreu no calor da discussão e em legítima defesa, já que o autor disse ter sido agredido pela mãe.
[SAIBAMAIS]Após a votação dos jurados, na qual optaram pela condenação do rapaz, o juiz Gilmar Tadeu Soriano estabeleceu a pena, negando a alegação da defesa. Segundo o juiz, por ser réu confesso, houve diminuição de pena, mas agravantes, como conduta altamente reprovável, frieza e grau de parentesco com a vítima influenciaram a pena.
O juiz decidiu por uma pena de 19 anos, para o homicídio qualificado de motivo fútil, e outros 2 anos e 6 meses por ocultação de cadáver. Além disso, o réu terá que pagar uma multa de um salário mínimo, valor referente à época do fato, por trinta dias. De acordo com o promotor do caso, Antônio Suxberger, Anderson terá que cumprir pelo menos dois quintos da pena em regime fechado.