A manifestação dos integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), nesta terça-feira (20/7), terminou de forma pacífica. Ficou a promessa de que será feita uma reunião com a Secretaria de Patrimônio da União (SPU) e a Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) a fim de avaliar a disponibilidade de terras do Governo do Distrito Federal (GDF) e da União para a construção das casas a serem doadas aos participantes do movimento. Por volta das 16h15, teve início uma reunião entre seis líderes do MTST, o secretário de Programa Urbano, Celso Carvalho, e a secretária de Habitação, Inês Magalhães, para definir o destino provisório do grupo.
Por volta das 17h50, o ministro das Cidades, Marcio Fontes, foi ao auditório do ministério, onde os manifestantes haviam sido recebidos às 15h20. Ele anunciou ao MTST o que foi estabelecido na reunião. "O problema agora é achar o terreno, já que recurso nós temos", esclarece. De acordo com ele, os manifestantes serão enquadrados no programa ;Minha Casa, Minha Vida; através de uma entidade, a ser escolhida.
Segundo Guilherme Castro, um dos líderes do MTST, a aquisição do terreno não seria suficiente. "Os trabalhadores e trabalhadoras do DF não têm condições de construir. Queremos a casa pronta para morar", reivindica. Inês Magalhães, representante da Secretaria de Habitação, comenta que é essencial uma parceria com o GDF. "Isso já foi feito antes e deu certo. Espero que desta vez também consigamos". O ministro informou que as movimentações devem ser iniciadas nos próximos dias.
Os integrantes do movimento, que comemoraram o resultado da reunião, voltarão para Brazlândia. Eles ficarão acampados em uma praça da quadra 39, na Vila São José, até que alguma posição seja definida.