A Secretaria de Saúde e o Governo do Distrito Federal (GDF) apresentaram, na manhã desta terça-feira (13/7), a Secretaria Extraordinária de Logística e Infraestrutura da Saúde, que foi criada para solucionar os problemas de abastecimento na Saúde do DF.
O evento ocorreu no auditório da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), na Asa Norte, e contou com a participação da Secretária de Saúde, Fabíola de Aguiar Nunes, do Secretário Estraordinário de Logística e Infraestrutura de Saúde, Hebert Teixeira Cavalcanti, e o governador Rogério Rosso. O órgão funcionará até dezembro, como uma medida temporária.
De acordo com Rosso, a secretaria foi criada com o objetivo de combater a crise no abastecimento na área de saúde do DF. A partir deste mês, o processo licitatório de materiais e equipamentos médicos, que era feito, anteriormente, pela central de compras, vai ser regularizado pelo novo órgão.
"Quando assumimos o governo, a saúde estava um caos. A meta é reorganizar esse sistema", esclarece Rosso. "Ninguém faz milagres, não vamos fazer demagogia e estabelecer prazos", completou o governador. Ele afirma que os resultados poderão ser vistos em cerca de três meses e informa, ainda, que já foram depositados R$ 150 mil na conta de cada hospital regional, para medidas emergenciais.
Segundo Hebert Teixeira, o sistema de compra emergencial por licitação também será organizado. "O que deveria ser usado como último recurso, é tratado como primeira opção e isso também atrasa as compras regulares", explica. Atualmente, 325 processos de compra estão parados, e desses, 178 são referentes à aquisição de medicamentos.
Hebert explica que os maiores problemas da Saúde são contratos vencidos, ausência e utilização indevida de contratos, e planejamento insatisfatório em relação à questão da demanda por insumos e infraestrutura dos centros de saúde. Uma das medidas a serem tomadas para acelerar processos de compra é a adesão do GDF a atas de processos licitatórios de outros estados que conseguirem materiais de baixo custo, o que diminui a parte burocrática.
Fabíola Nunes expõe que a crise é gritante. Segundo ela, deve-se diminuir o tempo que o paciente permanece na emergência. "Os hospitais ficam lotados porque perdeu-se a confiança nos postos de saúde. Casos que não são graves não devem ir para os hospitais". Ela diz, ainda, que a nova secretaria deve ficar responsável por assuntos que eram da Secretaria de Saúde, que agora fica disponível para tratar de outras questões.
Serão criados, também, sete núcleos de vigilância ambiental com foco no combate à dengue. "É preciso fazer um trabalho de redução de proliferação do mosquito, como prevenção. Não se resolve o problema quando há epidemia", explica Fabíola.