Jornal Correio Braziliense

Cidades

Interdições da Agefis incomodam setores produtivos do DF

As interdições realizadas pela Agência de Fiscalização (Agefis) incomodam os líderes dos setores produtivos do Distrito Federal. Eles se reuníram, na manhã desta quinta-feira (1;/7), para debater sobre a questão dos alvarás provisórios, motivo pelo qual os estabelecimentos são interditados. O encontro aconteceu no prédio da Federação do Comércio de Bens e Serviços (Fecomércio) do DF, localizado no Setor Comercial Sul.

Para os proutores locais, as interdições causam danos sociais à população brasiliense. Além disso, segundo eles, a questão dos alvarás é insanável, já que cada administração concede, ou renova, premissões a sua maneira. Também esta manhã, foi agendada uma reunião com o governador Rogério Rosso, na próxima segunda (5/7), sem horário definido, para mostrar a preocupação do setor. Durante o encontro, será entregue um manifesto, que deve ser elaborado e divulgado ainda nesta quinta.

Entenda o caso
Punições civil e criminal
Em 23 de dezembro do ano passado, o então governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, sancionou a Lei distrital n; 4 .457, que altera a forma de autorizar o funcionamento de estabelecimentos comerciais no Distrito Federal. A nova lei permite, por exemplo, que a renovação do alvará de funcionamento seja feita a partir da apresentação de um laudo técnico que atesta as condições regulares do comércio, a cada cinco anos. A determinação só foi possível após o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios considerar a antiga lei inconstitucional. Em 13 de maio deste ano, o governo editou a Portaria n; 22, determinando a revogação dos alvarás precários dos estabelecimentos comerciais. Os fiscais que não lacrarem os estabelecimentos considerados de risco envolvidos no decreto podem ser punidos civil e criminalmente.

Casos

Desde o dia 18 de junho, a Agefis tem interditado diversos pontos da cidade que funcionam com alvará precário. Neste primeiro dia de fiscalização, A Universidade Católica de Brasília (UCB) e outras três faculdades de Taguatinga (JK, Unicespe e Projeção) foram fechadas. Além dessas, também sofreram ações da fiscalização postos de combustível, cerca de 100 lojas na Feira dos Goianos, salas de cinemas de diversos shoppings da cidade, como o Pier 21, o Casa Park e o Pátio Brasil.