Jornal Correio Braziliense

Cidades

Agentes e escrivãos da Polícia Civil de Goiás paralisam as atividades

Após os delegados da Polícia Civil de Goiás completarem 36 dias em greve, agentes e escrivãos também cruzaram os braços na tarde desta segunda-feira (21/6). Silveira Alves, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Goiás (Sinpol), afirma não ter previsão para o fim da paralisação, já que ainda não houve negociações.

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública do Goiás (SSP-GO), a Procuradoria Geral do Estado já foi acionada para análise de legitimidade da greve, que deve sair até esta quarta (23/6), pela manhã. A secretaria atribui motivos políticos à paralisação.

Reivindicações
Os policiais civis reivindicam 35% de correção à perda inflacionária, de 2005 a este ano, desvinculação dos cargos e remunerações de outras forças (Corpo de Bombeiros e Polícia Militar), aproveitamento total do tempo de serviço, revisão da Lei Orgânica e convocação dos excedentes aprovados no último concurso. De acordo com a SSP-GO, em outubro do ano passado foi elaborado um plano de cargos e salários, com participação da classe, que termina de ser implantado em julho, o que dificulta um possível acordo.

Atendimento
As delegacias funcionam com 30% do efetivo. Flagrantes e crimes hediondos ainda são registrados e, de acordo com Silveira, o 1; Distrito Policial de Goiânia funciona como uma central. As delegacias especializadas funcionam normalmente.

Manifestação
Nesta terça, à tarde, a categoria se reúne em frente à Assembleia Legislativa de Goiás, com o objetivo de pressionar deputados estaduais em favor da greve. Ainda de acordo com informações da secretaria, a Lei Orgânica deve ser articulada com os parlamentares.