Jornal Correio Braziliense

Cidades

Católica entrará com mandado de segurança para retomar normalidade

Alunos chegaram cedo na Universidade, mas encontraram os portões fechados

Os alunos que foram até a Universidade Católica na manhã deste sábado (19/6) encontram as portas fechadas. Cerca de 60 estudantes saíram de casa para assistir a última aula do semestre, mas ouviram do segurança na portaria que ;as portas estavam fechadas por falta de documentação;. Neste momento, muitos estão parados em frente aos portões da universidade à procura de respostas e outros já voltaram para casa.

Segundo o diretor de comunicação da Católica, Roberto Resende Moreira, no início da tarde de hoje, a instituição terá uma audiência com o juiz de plantão para tentar conseguir um mandado de segurança no intuito de reabrir o Campus. ;Queremos causar o mínimo de impacto possível na vida dos estudantes. É semana de provas, banca, monografia. As perdas são muito grandes;, afirma.

Não há esperanças de que os portões sejam abertos ainda neste sábado. E o semestre, que terminaria oficialmente no dia 24 de junho, deve ter a data para o lançamento das notas oficiais alterada. O intuito da instituição é conseguir o mandado ainda hoje para que as aulas voltem à normalidade na segunda-feira. Assim, as perdas seriam apenas de sexta e sábado e poderiam ser negociadas rapidamente com os professores

Prejuízos


Uma aluna do 10; semestre do curso de direito da universidade que não quis se identificar está com medo de perder o estágio. Ela precisava emitir uma declaração de escolaridade para a renovação do contrato, mas foi pega de surpresa com o fechamento do estabelecimento. ;Se eu não levar esse documento não conseguirei continuar. Acho que deviam abrir pelo menos os locais que resolvem essas questões burocráticas;, afirmou a aluna.

Quem veio de Rondônia e São Paulo para fazer provas presenciais exigidas na graduação virtual, perdeu o dinheiro da passagem e da hospedagem. ;Semana de fechamento de semestre é muito tensa, tem muitas atividades. Esses alunos estão voltando para casa com o prejuízo;, afirmou Roberto Resende.

Mesmo com as complicações, o diretor afirmou que não agirá arbitrariamente, fará tudo dentro da lei. ;Nós temos um alvará com a validade até 2012, mas a fiscalização não aceitou esse documento. Primeiro vamos tentar voltar a normalidade com o mandado, depois iremos regularizar todas as questões exigidas pelo GDF;, ressaltou Resende.