Depois de o governo vetar o reajuste salarial para agentes de segurança, os policiais civis do Distrito Federal irão se reunir em assembleia, às 15h desta sexta-feira (18/06), para discutir a possibilidade de paralisação. A expectativa, de acordo com o presidente do Sindicado dos Policiais Civis do DF (Sinpol), Welligton Luiz, é de que cerca 3 mil policiais civis participem do encontro.
O presidente explica que lamentavelmente a possibilidade de greve é grande. "Pela tendência de insatisfação todos devemos parar", explica. Durante mais uma rodada de negociações com o secretário de Fazenda, André Clemente, e com os técnicos do Ministério da Fazenda e do Planejamento, foi informado que ainda não há previsão do reajuste para este ano. Por esse motivo, a categoria se reúne no estacionamento 6 do Parque da Cidade para discutir o indicativo de greve.
Para o vice-presidente do Sinpol, Ciro Freitas, o veto é inconcebível. "O governo negou novamente. Não por problemas técnicos legais, mas por questões políticas. Devido ao vínculo que temos com a Polícia Federal, que não possui permissão orçamentária, esse foi o motivo. Nada justifica", afirma.
Segundo Ciro, os policiais estão há dois anos sem alteração no salário. "Vamos para dois anos sem sequer ter uma reposição inflacionário. O último reajuste foi feito em fevereiro do ano passado e foi de apenas 3,5%", explica.
Atividades
De acordo com o presidente do Sinpol, Welligton Luiz, caso seja decretada a greve, todos os policiais civis irão participar. Entretanto, ele explica que todos permanecem nas unidades. "Porém, só iremos atender ocorrências de natureza grave, como homicídio e latrocínio. Roubos e acidentes de veículos não serão registrados", afirma.