Após nove dias interditada, a ala de pediatria do pronto-socorro do Hospital Regional de Samambaia (HRSam) foi reaberta no início da manhã desta quinta-feira (17/6). Segundo a assessoria da Secretária de Saúde do DF (SES-DF), há nove pediatras trabalhando, três para cada turno.
Uma reforma foi feita na pediatria do pronto-socorro. São pias em cada consultório, para os médicos lavarem as mãos, e uma sala preparada para atender crianças com parada cardiorespiratória, com todos os equipamentos necessários.
O raio-x móvel está funcionando e em 20 dias a obra para a instalação do mamógrafo e do tomógrafo será concluída.
Nesta tarde, os dois elevadores danificados serão consertados. Hoje, o movimento de pacientes foi considerado pequeno, já que poucos sabem da reabertura da área.
Vistoria
Na última quarta-feira (16/6), o Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) havia realizado uma nova vistoria na unidade, após ser comunicado pela SES-DF de que as solicitações emergenciais do Conselho foram atendidas. Logo depois, o CRM concluiu que havia condições mínimas para a área pediátrica voltar a funcionar.
Memória
Na terça-feira, da semana passada (8/6), o CRM interditou as alas de pediatria e clínica médica do pronto-socorro, alegando falta de médicos, material hospitalar e equipamentos para manter a unidade de saúde em funcionamento.
A decisão surgiu após uma reunião, na segunda-feira (7/6), entre o Conselho, o Ministério Público, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Sindicato dos Médicos e os servidores do local.
No dia 28 de maio houve uma reunião para debater estratégias para solucionar as precariedades do local. Na data, os médicos expuseram fatores de riscos da unidade e decidiram previamente, por unanimidade, pela interdição ética do Hospital.
Após a reunião, a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) foi informada. O CRM-DF deu um prazo de 15 dias para a SES-DF resolver o problema, porém, nada foi mudado.
O hospital continua funcionando desde o dia em que parte dele foi interditado, mas sem atendimento dos médicos. Se assim fizerem, podem ser suspensos ou até cassados.