Cerca de 200 índios que estavam acampados há mais de cinco meses em frente à Esplanada dos Ministérios deixaram o local no final da tarde deste sábado (12/6). Mas 60 continuaram no lugar e não admitem nenhuma negociação, senão a a revogação do Decreto Presidencial 7.056/09, que reestruturou a Fundação Nacional do Índio (Funai).
Carlos Pankararu um dos fundadores do movimento, contou que cerca de 200 índios que não faziam parte do movimento desde o início, deixaram o acampamento sob promessa de que conversariam com o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto nesta segunda feira. "Esses que resolveram negociar não podem falar pelo acampamento. Não saíremos daqui para negociar, mas sim quando as reincidicações forem atendidas", avisa.
Como prova da força do movimento, outro índio, Pekuapa, citou a chegada de novos integrantes para o protesto. "Os Caingangues e os Guaranis chegam amanhã e um grupo de xavantes no dia 21/6. Eles saíram, mas o movimento continua forte como sempre", afirma.
Exigências
O acampamento é uma manifestação para solicitar a revogação do Decreto Presidencial 7.056/09 - que extingue 40 administrações regionais, 337 polos indígenas e substitui antigos servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai). Ao todo, 15 administrações serão fechadas ou reestruturadas em diversos estados do país. Entre elas, a da Paraíba e a do Recife. Os índios ainda querem a destituição do cargo do presidente da fundação, Márcio Meira.