Uma força-tarefa formada por policiais civis de Luziânia e da 2; Delegacia de Polícia do DF (Asa Norte) ; mobilizados para desvendar o assassinato da pesquisadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) Elzamir Gonzaga Silva, 44 anos ; colheu ontem depoimentos de colegas de trabalho da servidora no município goiano distante 66km de Brasília. O homem detido no Guará, na quarta-feira, acusado de estelionato e apontado com principal suspeito, também voltou a ser ouvido, mas, segundo os policiais, não caiu em contradição em relação ao primeiro depoimento. A polícia continua atrás de possíveis co-autores do crime.
Três equipes de agentes buscam provas capazes de ligar o suposto estelionatário à morte da psicóloga. Integrantes da Delegacia da Mulher e da 5; Delegacia Regional de Luziânia, além de membros da 2; DP de Brasília não encontraram na casa do corretor financeiro, localizada no Guará I, nenhuma pista que o incrimine. O revólver 9 milímetros usado no crime também não foi localizado.
O carro do principal suspeito ; um veículo de modelo 2010, avaliado em R$ 54 mil , que não teve a marca divulgada ; será periciado em Goiânia (GO). Policiais farão testes para descobrir se há vestígios de pólvora ou qualquer outro indício que comprove que a moradora da Asa Norte esteve dentro do veículo. A delegada da 2; DP, Mônica Loureiro, destacou que muitos investigadores estão empenhados em desvendar o caso e que, no momento, a divulgação de qualquer informação pode atrapalhar o trabalho. A prisão provisória do homem detido na quarta-feira expira em 28 dias, mas há possibilidade de prorrogação por mais 30. Elzamir Gonzaga Silva morreu ajoelhada com um tiro na testa, às margens da BR-040, a mais de 70km da casa dela, na 713 Norte. Como o crime ocorreu nas proximidades de Luziânia ; a identificação foi feita a partir da quantidade de sangue e da localização da cápsula ; o inquérito foi instaurado no município goiano.
A bolsa da pesquisadora foi levada, segundo os investigadores, apenas para despistar. Ela desapareceu após sair do CNPq em 2 de junho. As câmeras de segurança do prédio onde trabalhava registraram a saída dela às 17h30. As imagens mostram que Elzamir já estava com uma sacola de supermercado, diferente do que foi adiantado pela polícia. Ontem, os colegas de trabalho da servidora confirmaram que ela se encontrou com o suposto estelionatário pelo menos duas vezes naquela quarta-feira. ;Às 14h, ela desceu para assinar uns documentos. O homem foi filmado no saguão do prédio. Ele não quis subir. Às 17h30, ela disse que iria esperá-lo para obter respostas sobre o empréstimo;, contou o colega Ricardo Leal . ;Estamos empenhados em colaborar na elucidação da morte. Ela era muito querida por todos;, disse.