Jornal Correio Braziliense

Cidades

Irmã de vítimas de naufrágio chega à DP para prestar depoimento

A cabeleleira Rita de Cássia Queiroz de Lira, 26 anos, irmã das duas jovens que morreram em naufrágio no Lago Paranoá, chegou pontualmente às 16h na 9; Delegacia de Polícia (Lago Norte). Ela também estava na embarcação no momento do acidente e, dos nove sobreviventes, ela era a única que ainda não tinha prestado depoimento.

É possível que Rita apresente um relato divergente do já prestado pelas outras oito testemunhas. Inicialmente, a sobrevivente disse à imprensa que estava dormindo na hora do acidente, mas que, antes do naufrágio, o condutor da lancha teria executado algumas manobras. Os outros sobreviventes, no entanto, alegaram em depoimento que a lancha partiu da residência em linha reta e retornou ao local da mesma forma até afundar a cerca de 1km do Hotel Alvorada Brasília.

Na terça-feira (25), após os corpos de Juliana Queiroz de Lira, 21 anos, e Liliane Queiroz de Lira, 18, terem sido encontrados pelos bombeiros, o condutor da embarcação, José da Costa Júnior, 33 anos, foi indiciado por homicídio culposo (sem intenção de matar).

O acidente

Uma lancha de 23 pés naufragou na madrugada do último sábado (22/5), por volta das 3h30, entre a QL 15 e a Ponte JK, no Lago Paranoá. Entre as 11 pessoas que estavam na embarcação, seis foram levadas para o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) e um homem, Hugo Antunes de Oliveira, chegou ao hotel Alvorada nadando. Duas irmãs, Juliana e Liliane, ficaram desaparecidas até terça-feira, quando os bombeiros encontraram os corpos das jovens, no Lago Paranoá.