Jornal Correio Braziliense

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Água Mineral permanece fechada após 52 dias

Os brasilienses que costumam frequentar o Parque Nacional de Brasília, mais conhecido como Água Mineral, vão continuar sem poder desfrutar do local neste fim de semana. Desde 7 de abril, o parque está fechado por conta da greve dos servidores de todos os órgãos do Ministério do Meio Ambiente.

De acordo com o presidente nacional da Associação dos Servidores do Ibama (Assibama), Jonas Moraes Corrêa, a paralisação ainda não tem previsão para acabar. No entanto, as negociações estão em andamento. Na noite desta quinta-feira (27/5), ocorreu uma reunião no Ministério do Planejamento em que foram apresentadas propostas aos servidores. ;Vamos passar adiante a sugestão do ministério, no entanto, está muito aquém das reivindicações;, explica.

Na próxima segunda-feira (31/5), os grevistas se reunirão em assembléia para discutir a proposta do governo. A reunião ocorrerá pela manhã, em frente ao portão do Ibama.

Manifestação
Os integrantes da Associação dos Amigos da Água Mineral organizaram, na manhã desta sexta-feira (28/5), uma manifestação em frente ao portão do Parque Nacional. Das 7h às 9h, cerca de vinte pessoas reivindicaram a reabertura do local.

De acordo com uma das manifestantes, Eutenir Braga, o grupo tem a intenção de sensibilizar os responsáveis pela Água Mineral a abrir as portas. ;Eles precisam entender que esse é um espaço do povo;, afirma. Segundo ela, a manifestação ocorrerá toda as sextas-feiras, até que o parque reabra.

A associação marcou para às 10h, da próxima segunda-feira (31/5), uma reunião com o diretor da Água Mineral, Amauri Sena, para discutir a situação. "Vamos perguntar quais iniciativas podemos tomar para tentar reabrir o parque", disse Eutenir.

Greve

No dia 7 de abril, os servidores do Ministério do Meio Ambiente (MMA), que inclui o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), paralisaram as atividades.

Os funcionários reivindicam a reestruturação do plano de carreira, bem como reajuste salarial, investimento na qualificação dos profissionais e benefícios aos que atuam em regiões de difícil acesso do país.