Cabines de telefones públicos, urnas funerárias, computadores, veículos, bicicletas, televisores e até um piano clássico. O catálogo com os produtos que vão a leilão em 8 de junho próximo pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) já está disponível na página do órgão na internet. Os preços, a descrição do estado de conservação do material e fotos também estão lá. Os interessados em arrematar, por exemplo, três caixões poderão encontrar, no site do tribunal, as características da madeira, do revestimento e até dados sobre as alças de luxo douradas.
Quem preferir apreciar de perto os objetos apreendidos em crimes ou recolhidos na área cível dos 213 lotes disponíveis neste 1; Leilão Público Coletivo de 2010 pode procurar, até 7 de junho, os depósitos próximos aos fóruns das cidades, o Depósito Público de Brasília ou a Central de Guarda de Objetos de Crime (Cegoc). O prazo para analisar os bens que sobraram para a segunda hasta pública vai até 21 de junho. Os artigos estão à disposição nos horários já estabelecidos.
Segunda hasta
O primeiro leilão do ano vai começar às 13h, no próximo dia 8, no Auditório Sepúlveda Pertence, térreo do Bloco A do Fórum de Brasília. Nessa data, os lances de arremate são cheios, ou seja, um ônibus pode sair pelo preço já avaliado de R$ 250. Caso os bens não sejam retirados, é prevista uma segunda hasta em 22 de junho, nos mesmos hora e local. Nesse caso, os interessados têm a chance de comprar os produtos pela metade do valor. No caso do ônibus, o preço do lance cairia para R$ 125. ;É importante lembrar que os valores são de lances iniciais. O resultado final pode ser bem mais caro;, explica o supervisora do Núcleo de Leilões, Neide Luiz da Costa.
É o caso das bicicletas. O veículo de duas rodas está entre os maiores atrativos para os compradores. ;Temos bicicletas de alumínio, com valores bem abaixo de mercado e que são muito disputadas;, contou o coordenador do Cegoc, José Francisco Pereira de Araújo. ;Em um leilão do ano passado, uma bicicleta inicialmente avaliada por R$ 150 ficou por R$ 800;, lembrou.
O leilão deste ano está avaliado em R$ 123 mil. ;Esses valores são muito variáveis. Ano passado, fizemos uma previsão em cima da avaliação da primeira hasta, que era de R$ 101 mil. No entanto, como os bens arrematados na segunda saem por 50% do valor, houve diferença;, explicou a supervisora Neide Costa. À época, o Tribunal de Justiça arrecadou R$ 78 mil. A administração do dinheiro recolhido em leilões fica a cargo dos juízes dos processos. ;Cada produto tem um processo e cada processo tem um juiz. É ele que vai determinar para onde segue o dinheiro. Pode ser para pagar contas processuais, dívidas do devedor ou para a União;, esclareceu. Nem todos os objetos são arrematados. Alguns itens chegam a ser doados a entidades carentes para reaproveitamento por falta de compradores.