Em meio a vários depoimentos nos processos em que atua como colaborador da Operação Caixa de Pandora, Durval Barbosa Rodrigues tem de enfrentar uma demanda judicial provocada pela ex-mulher Fabiani Christine Silva Barbosa Rodrigues. Ela move uma ação na Vara de Registros Públicos do Tribunal de Justiça do DF com pedido de mudança do prenome do filho, de 2 anos, registrado como Durval Barbosa Rodrigues Filho. Na ação, protocolada em 6 de abril de 2010, Fabiani pede na Justiça o direito de escolher um novo nome sob o fundamento de que o atual está associado ao escândalo que abalou o Distrito Federal. O garoto é conhecido como Dudu.
Quando o menino nasceu e foi registrado com o mesmo nome do pai, Durval já respondia a várias ações no Tribunal de Justiça do DF e era alvo de investigações do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT). A maior parte das ações de improbidade administrativa por contratações irregulares por meio do Instituto Candango de Solidariedade (ICS) foi ajuizada entre 2004 e 2005. Ele, no entanto, se tornou conhecido nacionalmente com a Operação Caixa de Pandora, deflagrada em 27 de novembro do ano passado.
A ação de alteração de prenome provoca uma grande irritação em Durval, que, de acordo com pessoas próximas, tem adoração pelos dois filhos que teve com Fabiani. Além do menino, o casal tem uma filha, Júlia, de 5 anos. O casal se separou no ano passado e hoje o ex-secretário de Relações Institucionais do GDF circula com a noiva, Kelly Melchior. Ela é vista com Durval em todas as aparições públicas, como nos depoimentos à CPI da Codeplan e à deputada Érika Kokay (PT), nas dependências da Polícia Federal (PF), para esclarecer pontos da acusação feita contra a distrital Eurides Brito (PMDB). Procurado ontem pelo Correio, Durval não quis comentar o assunto. A amigos, disse que os filhos foram uma motivação para a delação premiada.