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Faturamento da indústria do DF cresce 22,30% em março

A indústria brasiliense intensificou o ritmo de crescimento no primeiro trimestre deste ano, de acordo com números divulgados ontem pela Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra). Em março, o setor faturou 22,30% mais do que no mês anterior. No acumulado do ano, o faturamento avançou 18,11% em relação ao mesmo período de 2009. O melhor desempenho ; 64,27% ; foi alcançado pelo grupo ;outras indústrias;, que inclui as fábricas de vidro. Nos últimos dois anos, para conter a concorrência externa, elas abaixaram os preços dos produtos e viram as vendas aumentarem.

Entre janeiro e abril, outros três segmentos também faturaram mais ante 2009: móveis (37%), produtos de metal (20,05%) e alimentos (2,36%). A utilização da capacidade instalada (UCI) atingiu, no trimestre, uma média de 66,77%, o que representa 4,98 pontos percentuais acima do observado em igual período do ano passado. Três das seis atividades pesquisadas tiveram resultados superiores à média da indústria, com destaque para a fabricação de produtos alimentares (75,45%) e, mais uma vez, o grupo ;outras indústrias; (71,47%), puxado pela franca expansão das fábricas de vidro.

Se levado em conta apenas o desempenho de março, a UCI obteve o melhor resultado desde o início da série histórica, em 2004. Com dinheiro no caixa e o parque industrial bem aproveitado, os empresários contrataram mais este ano. Em março, o nível de emprego industrial saltou 1,17% na comparação com fevereiro. Desde janeiro, 2,5 mil pessoas foram contratadas pelas indústrias, contigente 5,72% maior frente a igual período de 2009. Entre os segmentos que mais contrataram estão o de ;outras indústrias; (22,29%), seguido por alimentação (6%) e fabricação de produtos de metal (5,39%).

Para o presidente da Fibra, Antônio Rocha, os dados mostram um cenário de retomada na atividade industrial que também ocorre no restante do país. ;Nesse contexto, o aumento da demanda interna, do nível de emprego e da massa de rendimentos dos ocupados, além dos efeitos positivos gerados com as desonerações fiscais, foram essenciais para a evolução da atividade industrial no período;, comentou. Os números constam nos Indicadores de Desempenho da Indústria do DF, pesquisa mensal realizada pela Fibra, em parceria com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL-DF) e o Serviço de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (Sebrae-DF).