O Conselho Nacional do Ministério Público não acatou ao recurso do procurador-geral do Distrito Federal, Leonardo Bandarra, que intencionava impedir que duas procuradoras tivesse acesso a documentos internos do Ministério Público do DF. Em julgamento, nesta manhã, o CNMP manteve a permissão, concedida pelo conselheiro Almino Afonso, em 22 de março deste ano. Ruth Kicis e Suzana Toledo poderão acessar todos os processos que dizem respeito à fiscalização dos contratos de coleta de lixo.
[SAIBAMAIS]É aguardada para a tarde de hoje a decisão sobre a transferência do processo contra promotores do MP local para o Conselho Nacional. O julgamento diz respeito às investigações de envolvimento de Leonardo Bandarra e da promotora Deborah Guerner com o esquema de corrupção denunciado pelo ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal, Durval Barbosa. No entanto, algum fato de última hora pode adiar o julgamento.
Entenda o caso
Durval acusou Bandarra de receber propina, junto com Deborah Guerner, para a prorrogação de contratos de coleta de lixo, sem licitação. Além disso, segundo o delator, os acusados concediam informações privilegiadas relacionadas a operações do MPDFT.
As investigações estão sob a responsabilidade do MPDFT, mas o Conselheiro Bruno Dantas protocolou um pedido, em 24 de março, para que o caso fosse transferido para o CNMP, por conta da lentidão do processo. Além disso, Dantas alegou que o órgão não teria isenção na apuração do caso. O julgamento do pedido estava marcado para esta quarta (28/4), mas foi adiado para o dia 11 de maio.