Jornal Correio Braziliense

Cidades

Exportações crescem 23,43% no DF

As vendas ao exterior somaram US$ 28,065 milhões no primeiro trimestre deste ano. Apenas em março, o DF comercializou US$ 12,108 milhões

As exportações do Distrito Federal fecharam o primeiro trimestre de 2010 em alta, apontando para a continuidade da recuperação pós-crise sinalizada pelos números de janeiro e fevereiro. O volume exportado em março último ficou em US$ 12,108 milhões, 16,3% superior às divisas do mesmo mês do ano passado. Nos três primeiros meses deste ano, foram US$ 28,065 milhões com vendas ao exterior, 23,43% maior do que o arrecadado em igual período de 2009. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) e foram trabalhados pela Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra).

Em janeiro deste ano, as exportações do DF somaram US$ 8,781 milhões, crescendo 15,95% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em fevereiro de 2010, o DF exportou o equivalente a US$ 7,177 milhões, desempenho inferior ao de janeiro, mas 51% maior do que o de igual período do último ano. Os resultados positivos vieram após as vendas externas enfrentarem altos e baixos em 2009 e terminarem 21,2% menores do que o total exportado em 2008. O motivo do baixo desempenho foi o enfraquecimento do dólar, devido à crise financeira.

Para a Fibra, que monitora a balança comercial(1) local, os dados relativos ao primeiro trimestre deste ano confirmam que as negociações externas do DF estão recuperando sua estabilidade. ;Temos dados positivos nas três frentes de comparação: janeiro, fevereiro e março. Estamos aguardando uma retomada da média mensal de exportações do DF, que é em torno de US$ 12 milhões, e estamos chegando perto;, destaca Diones Cerqueira, assessor econômico da entidade.

Pequena, a pauta de exportações do DF é composta, basicamente, de três produtos. A carne de frango, cuja produção é monopolizada pela fábrica da Sadia em Samambaia; os itens para consumo de bordo, vendidos por empresas de alimentação locais; e a Querosene para Aviação (QAV), comercializada principalmente pela Petrobras a partir de Brasília. Outros tipos de produtos, como roupas e calçados, são responsáveis por um percentual pequeno das vendas. Em março deste ano, por exemplo, os frangos, produtos de consumo de bordo e a QAV corresponderam a 97,5% do total exportado, enquanto as vendas dos demais artigos apareceram diluídas nos 2,4% restantes (veja quadro).

As exportações do DF correspondem a apenas 0,1% das vendas externas do país. Para Diones Cerqueira, dadas as características de Brasília, o desenvolvimento do comércio exterior tem sido satisfatório. ;Para uma região considerada administrativa, da qual pouco se esperava nesse sentido, o nosso desempenho é bom;, comenta.

Venezuela e Portugal são os principais compradores dos produtos exportados pelo DF. Em março, a primeira foi responsável pela aquisição de 37,67% dos artigos, enquanto o segundo comprou 10,97% do volume enviado ao exterior.

Em ascenção
A fábrica de vestimentas esportivas do empresário e ciclista Marcelo Torres, 45 anos, foge ao perfil do comércio exterior do DF. A confecção conseguiu conquistar o seu lugar ao sol, e hoje vende produtos na Alemanha, nos Estados Unidos e em Portugal. Torres diz que conseguiu projetar as vendas fora do país devido ao seu próprio esforço, e que o apoio do poder público e de entidades destinadas a auxiliar micro e pequenos empresários foi pouco.

;O que deu certo mesmo foi a velha história de conhecer alguém que conhecia outra pessoa lá fora e enviar amostras do meu produto. Fui batendo de porta em porta e assim conquistei espaço. Até recebi uma proposta da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações), mas acabou não se concretizando;, conta o empresário. As roupas esportivas produzidas por Marcelo Torres, a VO2 Max, são mandadas ao exterior via Correios, por meio da opção Exporta Fácil.

A VO2 Max começou em 2004, quando Marcelo Torres vislumbrou a possibilidade de oferecer a atletas como ele roupas de melhor qualidade do que as existentes no mercado.

1 - Conta
Balança comercial é o nome da conta do balanço de pagamentos onde se registram os valores das importações e exportações entre os países. Quando as exportações são maiores que as importações registra-se um superavit na balança, e quando as importações são maiores que as exportações, ocorre um deficit. O desempenho da balança está sujeito aos movimentos de valorização e desvalorização do dólar, moeda forte do comércio exterior. Quando o dólar está enfraquecido frente as moedas nacionais ; ao real, por exemplo ;, estas perdem a competitividade no exterior e exportar fica mais difícil.

Varejo homenageia Diários Associados
<--

--> <--

--> <--
-->

Representantes do Correio Braziliense, do Estado de Minas e do Diário de Natal foram condecorados com o Mérito Lojista por se destacarem com ações práticas para o bom funcionamento do comércio brasileiro. Eduardo Magalhães, gerente de Negócios Corporativos do Correio, recebeu a premiação por Brasília na solenidade e se disse orgulhoso do reconhecimento que a empresa conquistou no setor varejista. ;É um prêmio importante porque mostra comoo nosso trabalho é fundamental para a tomada de decisão dos empresários brasileiros e como nossa marca vem se fortalecendo;, argumentou Magalhães. ;Estou muito orgulhoso de poder fazer parte de um momento tão importante;, completou.