O mistério que permeava o desaparecimento de seis jovens em Luziânia, Goiás, terminou no último dia 10 de abril. Depois de preso, Ademar de Jesus Silva confessou os crimes e mostrou o local onde estavam enterrados os corpos das vítimas. Relembre a história:
Cronologia macabra
30 de dezembro de 2009
Desapareceu o primeiro adolescente no Parque Estrela Dalva, em Luziânia (GO).
Trata-se Diego Alves Rodrigues, 13 anos.
Ele saiu de casa para pagar uma conta.
4 de janeiro de 2010
Paulo Victor Vieira de Azevedo Lima, 16 anos foi o segundo a sumir.
10 de janeiro
George Rabelo dos Santos, 17 anos, saiu de casa para encontrar a
namorada e não mais voltou.
13 de janeiro
Divino Luiz Lopes da Silva, 16 anos, saiu de casa por volta das 10h,
para brincar com os amigos do Parque Estrela Dalva 5 e também não
voltou mais.
16 de janeiro
O Correio revelou com exclusividade o sumiço de quatro dolescentes, em
menos de 15 dias, no Bairro Parque Estrela Dalva, em Luziânia.
18 de janeiro
Flávio Augusto dos Santos, 14 anos, desapareceu após ir a uma oficina
de bicicletas.
22 de janeiro
Márcio Luiz de Souza Lopes, 19 anos, foi visto pela última vez às 18h,
quando saiu de casa para andar de bicicleta.
1; de fevereiro
Comitiva formada por membros do Conselho Nacional dos Direitos da
Criança e do Adolescente, da Secretaria Especial de Direitos
Humanos da Presidência da República, e da Comissão de Direitos Humanos
da Câmara Legislativa visita as mães dos desaparecidos e pediu
esclarecimentos da Polícia Civil.
3 de fevereiro
A CPI do Desaparecimento de Crianças e Adolescentes, da Câmara dos
Deputados, se reúne com as mães.
4 de fevereiro
Familiares fizeram passeata na Esplanada dos Ministérios, em Brasília,
pedindo a intervenção federal no caso.
9 de fevereiro
O então ministro da Justiça, Tarso Genro, recebe as mães dos jovens e
anunciou a entrada da Polícia Federal no caso.
24 de março
As mães participaram de audiência pública no Senado Federal e pediram
a criação de um Fundo de Amparo às Famílias de Vítimas de
Desaparecimento.
10 de abril
A polícia prende Ademar de Jesus Silva. Ele confessou ter assassinado
os seis jovens
11 de abril
Ademar foi transferido para Goiânia, onde prestou depoimento.
15 de abril
Familiares encontraram nova ossada onde Ademar enterrou os seis
jovens. Polícia não confirmou a relação com os outros assassinatos.
16 de abril
Polícia Civil goiana confirma que a ossada é de uma pessoa. Seria o
sétimo cadáver.
No mesmo dia, o juiz Luiz Carlos Miranda, que mandou soltar o
pedreiro, concedeu entrevista coletiva afirmando que apenas cumpriu a
lei. Ele se defendeu dos ataques que sofreu durante toda a semana de
vários segmentos da sociedade.