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Exame criminológico de Ademar de Jesus não apontou problemas mentais, afirma juiz

O exame criminológico de Ademar de Jesus Silva, assassino confesso de seis adolescentes de Luziânia, não apontou necessidade de nenhum acompanhamento psicológico, nem indícios de doença mental. A afirmação é do juiz da Vara de Execuções Penais (VEP) do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), Luiz Carlos de Miranda, responsável pela concessão de liberdade ao pedreiro em dezembro de 2009.

Ele explica que o procedimento é feito para providenciar algum tratamento que por ventura seja necessário porque nenhum preso, no Brasil, pode ficar detido o resto da vida.

Miranda concede entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (16/4). Logo no início do encontro, às 10h30, o magistrado explica o que ocorreu no processo. E destacou: ;Todo juiz ao soltar uma pessoa corre o risco de ela cometer algum crime mais na frente;.

Segundo ele, em decisão de progressão de regime, não cabem questões subjetivas. ;Um juiz não pode decidir só pela sua cabeça, dizer que acredita que o acusado vai reincidir ou não;. Luiz Carlos de Miranda afirma que não havia motivos legais para não conceder a progressão de regime a Ademar de Jesus. Isso porque o laudo psicológico não apontava indícios de periculosidade. Além disso, relatórios realizados enquanto o pedreiro ainda estava encarcerado apontam bom comportamento do apenado.

O juiz destacou, ainda, que em casos de crime de comoção é irresponsável qualquer opinião divulgada sem conhecimento do processo. ;Policial civil de Goiás, qualquer senador ou ministro vir a público falar sobre o que não conhece e não sabe, simplesmente para falar que houve um erro, não é aceitável;, ressaltou.

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