O Iguatemi Brasília abre as portas às 10h desta terça-feira (30/3) com a promessa de lojas, público e vendedores diferenciados. O mercado de luxo exige um quadro de funcionários formado, de preferência, por mulheres bonitas, universitárias, que gostem e entendam de moda e falem uma segunda língua, no mínimo. Algumas grifes continuam à procura de gente que se encaixe nesse perfil. O shopping, erguido no início do Lago Norte(1), vai criar cerca de 1,5 mil empregos, segundo estimativa da administração.
Das 170 lojas que compõem o mix do Iguatemi, 39 são inéditas no Distrito Federal. O recrutamento de vendedores, caixas, estoquistas, supervisores e gerentes começou no ano passado, mas os anúncios ainda ocupam classificados de jornais e sites das empresas. Quem trabalha para marcas internacionais pode chegar a ganhar, com as comissões, R$ 8 mil por mês. No mercado de luxo, um gerente recebe, em média, $ 5 mil, de acordo com empresários do setor.
A primeira loja Ricardo Almeida em Brasília contratou 10 pessoas. Durante duas semanas, uma equipe percorreu shoppings da cidade em busca de candidatas. ;Primeiro, elas precisavam conhecer o estilista;, disse Fabrício Ferreira de Carvalho, gestor da marca na capital federal. As selecionadas passaram 15 dias em treinamento, em São Paulo. ;Não recrutamos qualquer vendedora. Ela precisa entender a essência da marca, nossos valores e princípios;, completou Carvalho.
Cerca de 80 pessoas participaram da seleção para as 28 vagas oferecidas no Iguatemi pela Farm e pela Fábula, marca do mesmo grupo voltada para meninas de até 10 anos. Integrantes dos Recursos Humanos da empresa, com sede no Rio de Janeiro, vieram a Brasília ajudar a compor a equipe. ;Fizemos uma seleção rigorosa. A marca e o shopping exigem um atendimento diferenciado;, comentou Joana Franarin. Ela começou como vendedora e hoje gerencia a unidade do Brasília Shopping.
Mais de 40 currículos chegaram para Ana Paula Gonçalves, empresária brasiliense que inaugura hoje no Iguatemi a segunda loja com o nome dela. O recrutamento foi terceirizado. ;Procuramos pessoas com experiência no mercado de luxo. Depois, vieram os critérios de aparência e línguas;, contou Ana Paula. A maioria dos 12 funcionários domina o inglês, o francês ou o espanhol. ;Não foi fácil. Estava todo mundo correndo atrás de bons profissionais ao mesmo tempo;, observou.
O designer Carlos Miele e a M. Officer aproveitaram vendedores de outras unidades em Brasília para montar a equipe do Iguatemi. A Carlos Miele terá 10 funcionárias na sua segunda loja na cidade. A M. Officer contará com 15 pessoas na nona loja no DF, o segundo mercado mais lucrativo da empresa. O McDonald;s do Iguatemi contratou 80 pessoas ; 30% delas jovens no primeiro emprego, que concluíram ou estão concluindo o ensino médio.
1 - Sistema viário inacabado
O shopping será inaugurado sem mesmo o início das obras no sistema viário na região. O edital de licitação está suspenso pelo Tribunal de Contas do DF. A expectativa da prefeitura comunitária do bairro é que o fluxo de carros chegue a dobrar nos horários de pico, complicando ainda mais o trânsito.
Passeio virtual
Cerca de 80% das 170 lojas, segundo a administração, estarão em funcionamento. O mix completo do empreendimento está no site www.iguatemibrasilia.com.br. Não há estacionamento público. Para parar o carro em uma das 3 mil vagas, é preciso pagar R$ 3 pelas duas primeiras horas e mais R$ 1 por hora adicional.