Ficou para 22 de abril a continuação da audiência de instrução do motorista acusado pela morte da Yasmim Alice Martins de Jesus, 5 anos. O Tribunal do Júri de Taguatinga ouviu, na tarde desta segunda-feira (29/3), seis testemunhas arroladas pelo Ministério Público do DF. Mas o promotor Bernardo de Urbano Resende pediu que uma das testemunhas fosse substituída, já que a mãe da menina se mudou para Portugal.
Como as de defesa devem seguir as regras do Tribunal do Júri e serem ouvidas depois das de acusação, a definição do julgamento acabou adiada. Amigos e familiares da vítima ficaram decepcionados. Pouco antes da audiência, porém, fizeram uma manifestação favorável à possível decisão de que o acusado seja submetido a júri popular.
O atropelamento fatal ocorreu em 23 de maio de 2009. A menina foi atingida na porta de casa, em Taguatinga. O motorista Ítalo Pinheiro de Almeida, 26 anos, fugiu sem prestar socorro.
Alcoolizado
O acusado apresentou-se em 25 de maio à polícia, na 17; DP (Taguatinga). Admitiu ter ingerido meia garrafa de cerveja long neck por volta das 11h, bem antes dos fatos. Prestou depoimento e foi liberado. Em 3 de junho, o Tribunal de Justiça da cidade acatou o pedido de prisão preventiva solicitado pelo delegado-chefe da 17; DP, Mauro Aguiar. Dias depois os advogados do rapaz conseguiu habeas corpus.
A família da garotinha ficou inconsolável e luta por justiça desde então. Em dezembro, promoveu uma passeata pedindo punição ao motorista. Logo depois da tragédia, os familiares passaram a receber assistência psicológica e jurídica do Programa de Proteção às Vítimas de Violência (Pró-Vítima), da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejus).