Os delegados da polícia civil do estado de Goiás vão inciar greve a partir desta quinta-feira (25/3), por tempo indeterminado. A categoria divulgou nota nesta quarta (24), na qual informam que 70% do efetivo de delegados em todo o estado, que conta com um quadro de 362 profissionais, vão aderir ao movimento. Conforme a lei determina, o percentual de 30% do quadro da classe será designado para trabalhar durante a paralisação.
Na nota eles também informaram que durante o período da mobilização nenhum delegado poderá conceder entrevistas e que somente serão lavrados procedimentos decorrentes de prisão/apreensão em flagrante, ou Termo Circunstanciado de Ocorrência.
Não serão lavrados quaisquer procedimentos que se refiram a crimes de menor potencial ofensivo. Somente serão registradas as ocorrências relacionadas às hipóteses de flagrante, de localização de cadáver, dos crimes hediondos e correlatos (tráfico, terrorismo e tortura).
Não serão expedidas ordens de missão policial e novas diligências investigativas. As investigações policiais em andamento serão suspensas enquanto durar o movimento. Com isso, a investigação do desaparecimento dos seis jovens no município de Luziânia ; o primeiro caso ocorreu há mais de dois meses - deverá sofrer prejuízos.
Além disso, ficará suspensa toda e qualquer visita aos presos, enquanto a custódia estiver sobre a responsabilidade da Polícia Civil.
Reivindicação
Os delegados querem a reposição salarial dos últimos cinco anos. O percentual acumulado nesse período chegaria a 30%, segundo os cálculos do Sindicato dos Delegados de Polícia de Goiás (Sindepol). A margem seria aplicada sobre o salário deles. Um delegado de polícia em início de carreira recebe R$ 8,5 mil. Com o aumento, a remuneração inicial subiria para aproximadamente R$ 11 mil.