Jornal Correio Braziliense

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Procurador-geral da República prevê que Arruda saia da prisão em 15 dias

O ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), deverá deixar a prisão tão logo a Polícia Federal (PF) conclua as diligências das investigações do esquema de corrupção desmontado na Operação Caixa de Pandora.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse hoje (24) que aguarda a decisão do ministro Fernando Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), sobre o pedido para acelerar as investigações.

;Ele deverá sair da prisão num prazo inferior a duas semanas desde que consigamos produzir provas em relação às quais [o ex-governador] não poderá influenciar;, disse.

Ontem (23), Gurgel pediu ao STJ que determine o imediato depoimento de Arruda e do ex-secretário de Comunicação Welligton Moraes, presos por tentar subornar uma testemunha do suposto esquema de arrecadação e distribuição de propina.

Na petição encaminhada ao tribunal, o procurador ressalta que é preciso acelerar as investigações do inquérito. Gurgel pede, ainda, para que sejam ouvidos em três dias ; a partir da data da decisão do ministro Fernando Gonçalves, relator do inquérito da Caixa de Pandora ; o ex-vice-governador Paulo Octávio, o conselheiro do Tribunal de Contas do DF Domingos Lamoglia, e os ex-secretários Roberto Giffoni e Durval Barbosa (delator do esquema de corrupção). Em dez dias, devem ser ouvidos todos os que aparecem nos vídeos recebendo dinheiro de Durval Barbosa.

Esse também é o prazo pedido pelo Ministério Público para que a PF conclua a análise do material apreendido, incluindo o eletrônico, e dos dados que são objeto de quebra de sigilo, e as perícias em andamento. A PF também deverá juntar aos autos do inquérito os contratos de prestação de serviços firmados com o governo do Distrito Federal (GDF), citados por Durval Barbosa nas denúncias.

O Ministério Público também quer que a PF indique, em 15 dias, as diligências ainda necessárias para a conclusão da investigação.