O primeiro depoimento a ser apreciado pela Comissão Paramentar de Inquérito (CPI) da Codeplan ; que investiga denúncias de corrupção no Governo do Distrito Federal ;, marcado para a manhã desta quarta-feira (24/3), não deve acontecer na data agendada. Quem deveria ser ouvido hoje é o dono da empresa de informática Linknet, Gilberto Lucena. No entanto, a oitiva estava marcada para 10h e, até por volta de 11h, o depoente não havia comparecido à Câmara Legislativa.
A presidente da comissão, Eliana Pedrosa (DEM), destacou que Gilberto Lucena foi notificado do depoimento que deveria dar à CPI nesta quarta. O comunicado foi entregue pelo correio, por volta de 17h, na casa e no trabalho do dono de uma das empresas de informática citadas no inquérito da Caixa de Pandora. A Linknet é apontada por Durval Barbosa como a empresa que teria abastecido o caixa dois da campanha do governador cassado José Roberto Arruda (sem partido).
Na ausência de Lucena, os distritais que compõem a CPI ; Eliana Pedrosa, o vice-presidente Batista das Cooperativas (PRP), o relator Paulo Tadeu (PT), José Antônio Reguffe (PDT) e Raimundo Ribeiro (PSDB) ; discutem formas de fazer com que os depoentes notificados da oitiva que não comparecerem sejam obrigados a prestar depoimento. Para o relator da comissão, Gilberto Lucena deve comparecer na condição de investigado e não mais de testemunha. Além disso, para a Eliana Pedrosa, a solução seria intimar judicialmente, em caso de ausência na primeira notificação. A reunião ainda não terminou e não há uma conclusão sobre a medida a ser adotada em caso de ausência.
Quase todos os próximos empresários que prestarão depoimento à comissão já foram notificados. Apenas o dono da CTIS, Avaldir da Silva, cujo depoimento está agendado para a próxima quarta-feira (31/3), ainda não foi comunicado oficialmente, mas a notificação deve ser enviada ainda hoje.
Nesta sexta-feira (26/3) será a vez de Antônio Ricardo, da empresa Adler, e de Cristina Boner, da TBA, de prestar depoimentos. Também na próxima quarta a CPI espera ouvir Necir Soares, da Unirepro. No dia 18 de junho, a CPI pretende aprovar o relatório final.