Uma junta médica do Superior Tribunal de Justiça (STJ) esteve na Superintendência da Polícia Federal, na tarde desta terça-feira (23/3), para avaliar a saúde do governador cassado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido). Um cardiologista e um clínico geral foram ao local, onde Arruda está preso desde 11 de fevereiro, a pedido do ministro Fernando Gonçalves, relator do inquérito da Operação Caixa de Pandora.
Os médicos devem entregar até amanhã um laudo sobre o estado de saúde do ex-govenador. Com base nessa análise, o ministro do STJ vai decidir se acata o pedido de prisão domiciliar, se mantém Arruda na PF ou até mesmo se revoga a prisão preventiva do acusado.
Na segunda-feira, os advogados do preso entraram com um novo pedido no STJ de revogação da prisão preventiva, decretada pela Corte Especial. Eles alegam que, por não ser mais governador, Arruda não poderá interferir nas investigações sobre o esquema de corrupção no GDF.
A defesa já havia tentado, na semana passada, a prisão hospitalar de Arruda, mas Fernando Gonçalves indeferiu. Quanto aos pedidos de prisão domiciliar e de liberdade provisória, feitos em 16 de março, após a cassação de Arruda pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF), o ministro determinou que o Ministério Público Federal seja ouvido.
Depressão
Preocupado com a depressão apresentatada pelo ex-governador, o médico pessoal de Arruda, o cardiologista Brasil Caiado, pediu na segunda-feira que o paciente passasse por nova avaliação psiquiátrica na Polícia Federal. O exame para avaliar o quadro depressivo foi realizado por uma médica da PF, no próprio complexo onde ele está preso. A previsão era de que o resultado fosse entregue nesta terça-feira, mas Caiado não esteve na PF.
Ainda nesta terça, Arruda recebeu a visita da mulher, Flávia, e do advogado Tiago Bouza. Os dois saíram sem falar com a imprensa.