O estado de saúde do ex-governador José Roberto Arruda tem deixado advogados, médico e esposa preocupados. As suspeitas, agora, são de que Arruda esteja com quadro avançado de depressão. Após visita que durou cerca de quarenta minutos à cela que ocupa na Superintendência da Polícia Federal, o médico particular Brasil Caiado solicitou uma reavaliação psiquiátrica para o paciente. ;Em 1; de março, Arruda fez o primeiro exame com terapeutas da Polícia Federal. No resultado, havia oscilações entre a normalidade e um pouco de depressão. Mas hoje (ontem) seu estado de saúde está bem diferente. Apesar de o coração estar com os batimentos bons e a pressão arterial ter respondido bem aos novos medicamentos, ele aparenta estar bem mais abatido, profundamente angustiado e com olhos cheios de lágrimas;, descreveu Caiado.
Flávia Arruda confirmou ao Correio a preocupação com o estado de saúde do marido. Discreta, ela chegou à sede da Polícia Federal às 12h40 de ontem para levar o almoço de Arruda. Acompanhada de duas amigas, a ex-primeira-dama entrou de cabeça baixa e, a princípio, preferiu não dar entrevistas. Na portaria da PF, recebeu uma sacola entregue pelo militar da reserva João Rodrigues de Sousa, 59, que também é pastor evangélico e tentava há um mês levar os livros para o governador. ;Eu pensava em fazer isso, mas nunca consegui. Hoje (ontem) de manhã senti que deveria vir e tive a sorte de pegá-la na entrada;, disse, se referindo ao encontro com Flávia. Na sacola havia uma Bíblia, um CD com o testemunho de um homem, um vidro com água ungida, um lenço bento e um livro evangélico.
Os presentes provavelmente chegaram às mãos do governador cassado. Ao descer do carro, Flávia carregava a sacola vazia junto à frasqueira com o almoço de Arruda. Os agentes geralmente não proíbem a entrada de lembrancinhas. O encontro dela com o marido durou uma hora e dezesseis minutos. Depois, falou rapidamente com o Correio: ;Ele está muito abatido, muito depressivo;.