Weligton teve a prisão preventiva decretada junto com o governador afastado José Roberto Arruda (sem partido), em nome de quem teria intermediado uma tentativa de corromper o jornalista Edson dos Santos, conhecido como Sombra. Ele teria sido assediado por assessores de Arruda para assinar uma declaração alterando seu depoimento.
Segundo o ministro do STF, por ser citado no inquérito da Operação Caixa de Pandora na condição de envolvido e investigado pela Polícia Federal, Weligton Moraes seria beneficiado pelo ;embaralhamento das investigações;.
;Dizer-se que a tentativa de corrupção de testemunha ou de falsidade ideológica quanto a declaração estariam ligadas à situação jurídica do governador Arruda, não alcançado o paciente, é desconhecer a investigação em curso, considerado o crime de quadrilha, a suposição, até aqui a simples suposição, de haver, portanto, a atuação de diversas pessoas, entre elas o paciente;, afirma Mello na decisão.
Ele acrescenta a manifestação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de que ;há fortes indícios; de que o ex-secretário de Comunicação do DF integra ;o grupo criminoso que atua na captação e na apropriação de recursos públicos no Distrito Federal;.
O pedido de liberdade de Weligton será analisado ainda pelo plenário do Supremo. Pela decisão do ministro, ele continuará preso no Complexo Penitenciário da Papuda onde cumpre prisão preventiva desde 11 de fevereiro.