As mães dos adolescentes desaparecidos em Luziânia (cidade do Entorno a 80km de Brasília) realizaram um ato público, no final da tarde deste domingo (14/3), em uma das praças do Setor Fumal. Cerca de 40 pessoas participaram da manifestação, que também contou com um culto ecumênico. O ato lembra que hoje completa três meses que o primeiro jovem - Diego Alves, 13 anos - desapareceu.
[SAIBAMAIS]"Eu estou aflita e angustiada, mas não vou parar. Ficaremos juntas até conseguir uma resposta das autoridades", disse a mãe de Diego, Aldenira Alves, 52 anos.
"Nós organizamos esse ato público para não deixar que esses crimes sejam esquecidos", completou Sônia de Azevedo, 45 anos, mãe de Paulo Victor Vieira de Azevedo Lima, 16 anos.
Familiares dos jovens sumidos convidaram diversas entidades para participar do ato. Porém, apenas representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO), subseção Luziânia, e do Conselho Tutelar do DF compareceram. Alguns parlamentares da região também estiveram no local. Os próximos passos da mães serão decididos numa reunião na segunda-feira (15/3), na casa de Sônia, no Setor Fumal.
Os sumiços em Luziânia começaram em 13 de dezembro, quando Diego Alves Rodrigues, 13 anos, não retornou para casa. Diego saiu para ir a uma oficina de carros. Nunca mais foi visto. Na sequência, Paulo Victor Vieira de Azevedo Lima, 16 anos; George Rabelo dos Santos, 17; Flávio Augusto dos Santos, 14; Divino Luiz da Silva, 16; e Márcio Luiz de Sousa Lopes, 19, sumiram. A única coisa que eles têm em comum é o fato de morarem no Parque Estrela Dalva.