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Dia de feira em parque do Núcleo Bandeirante

Evento na Metropolitana expõe barracas de artesanato, comidas típicas e mostra atrações culturais. Visitantes podem ir ao local hoje

A trégua que o calor deu para o brasiliense ontem deixou o dia convidativo para um encontro diferente. A segunda edição da Feira do Parque Vivencial da Metropolitana, no Núcleo Bandeirante, reuniu, durante todo o dia, moradores e comerciantes da cidade. Programado para acontecer mensalmente, durante um fim de semana, o evento reúne artesanato, comidas típicas e atrações culturais no espaço localizado no meio do trajeto da ciclovia. ;O parque foi inaugurado há quatro meses com a intenção de preservar essa pequena área de cerrado que temos aqui. E a feira de artesanato surgiu com a construção da ciclovia;, explica José Bonifácio, presidente da Associação dos Moradores da Metropolitana e organizador do evento.

A feira é a chance para as artesãs nascidas e criadas no Núcleo Bandeirante, Rosângela Alves e Corina Queiroz, ambas com 47 anos, de comercializar o trabalho dentro da própria cidade. Elas aprenderam o ofício de fabricação de colchas de retalho com a mãe de Corina, a pioneira Maria Raimunda. ;Há uns cinco anos estamos tocando o trabalho de costura. Dependendo do tamanho da colcha, pode levar de uma a duas semanas;, explica.

Preocupado com a preservação do meio ambiente, o funcionário público Lindomar Alencar, 38 anos, resolveu arriscar-se experimentando produzir peças de artesanato feitas com garrafas plásticas descartáveis. Transformados em flores, pedaços de garrafas PET são pendurados em cordões e viram objetos de decoração. Embalagens de remédio para diabetes fornecidas por uma amiga se transformaram no Mensageiro dos Ventos. ;As pessoas me perguntam porque eu não retirei a data de validade estampada no fundo do remédio. Eu respondo que a intenção é deixar claro que trabalho com objetos reciclados;, explicou o artesão.

Segredo
Além de conhecer o artesanato, os visitantes têm à disposição uma barraca de massagem e outra com touro mecânico. As barracas de comida são uma atração à parte. Acarajé, pastéis, carne de sol e mandioca são vendidos no local. Moradora do Núcleo Bandeirante há pelo menos 30 anos, a filha de imigrantes japoneses Miyoko é guardiã de um segredo conhecido apenas pelos integrantes da família Miura. ;O segredo do nosso yakisoba está no tempero do molho;, diz, sem entregar detalhes, a filha de Miyoko, Suzana, 28 anos. Além do yakisoba de carne ou frango, a barraca Oba, oba! também tem no cardápio sushi e guiozá (pastel japonês).

A pedagoga Magda Melo, 37 anos, mudou-se há um ano e meio para a Metropolitana. É a segunda vez, neste período, que ela e os filhos Luan, 19, e Alexandre, 14, comparecem ao evento. ;Um dos fatores que me fizeram escolher este lugar para morar é o clima agradável. Parece cidade do interior;, observa a moradora. A impressão é reforçada pela passagem do trem, em alguns momentos do dia, atrás da feira.

Não perca
2; Feira do Parque Vivencial da Metropolitana
Hoje, das 9h às 21h, na ciclovia do parque, com artesanato e comidas típicas. Entrada gratuita.