Jornal Correio Braziliense

Cidades

Grupo de metroviários tenta falar com Wilson Lima sobre reajuste salarial

Nove membros da comissão de negociação dos metroviários estão, neste momento, no Palácio Buriti para tentar falar com o governador em exercício, Wilson Lima (PR). A categoria, que prometeu iniciar uma paralização na próxima segunda-feira (15/3), quer discutir com Lima o aumento salarial.

Carlos Alberto Cassiano Silva, 46 anos, é secretário de assuntos jurídicos do Sindmetrô e, segundo ele, o aumento já teria sido aprovado pelo governador afastado e preso, José Roberto Arruda (sem partido), mas ainda não foi depositado. "O maior problema é o plano de emprego e salário, que não tem sido aplicado. A cada dois anos deveríamos ter um aumento e, apesar de o governador (Arruda) ter assinado, o Metrô-DF não quer depositar", afirma. Para Carlos, essa é uma questão prioritária. "A defasagem salarial está em primeiro plano. A empresa, além de retirar benefícios como o de periculosidade, tem histórico de assédio moral e o governador (Wilson Lima) não sabe disso. Queremos chegar a um cordo com ele, porque o Metrô-DF só quer ameaça e terrorismo", garante. "Em um informativo interno, enviado aos funcionários, a empresa faz ameaças e diz que os benefícios contidos no Acordo Coletivo de Trabalho vigentes serão cumpridos até o dia 31 de março e depois disso, se não houver acordo, ela estará legalmente impedida de efetuar qualquer pagamento destes benefícios, sob pena de seus dirigentes responderem perante a Corte de Contas", explica.

O grupo acredita que será ouvido por Wilson Lima ainda esta noite. "Se não der, voltaremos amanhã", promete Carlos. Segunto o metroviário, a data para o início da greve permanece a mesma.