Tudo não passou de um susto provocado pela falta de comunicação. Considerado como sendo o sétimo jovem desaparecido de Luziânia, Rondinelle Henrique da Silva Lima, 24 anos, voltou para casa ; no Parque Estrela Dalva 2 ;, na noite de sexta-feira, depois de ficar uma semana sem dar notícia. Assustado com a repercussão que a ausência de informações do paradeiro dele causou, o trabalhador autônomo contou que estava capinando o mato de uma fazenda no núcleo rural do município situado a 66km de Brasília. O local fica a 20km da residência dele.
Acompanhado de agentes de polícia, o jovem rompeu o portão da modesta residência por volta das 21h. A tia, Maria de Fátima Oliveira da Silva, 55, se preparava para dormir quando viu o sobrinho chegar. A presença de Rondinelle representou um misto de alegria e indignação para ela. ;Ele simplesmente não avisou para mim. Isso não se faz;, ressaltou. ;Pensávamos que ele tivesse sido raptado;, acrescentou.
Rondinelle disse ao Correio que foi contratado por um comerciante da cidade para quem já havia prestado serviços de capina antes. Mas, antes, era ao preço de R$ 25. Foi a primeira vez que esse valor seria quadruplicado. ;Ele disse que me pagaria R$ 100 pelo serviço, mas que não dava tempo de eu nem ir para casa apanhar uma roupa;, explicou. ;Ele me garantiu que avisaria para a minha família no dia seguinte, porém não o fez;, lamentou. A polícia só tomou conhecimento porque um vizinho foi até a loja do patrão de Rondinelle e falou que estava todo mundo atrás dele. ;Nunca mais vou fazer isso;, prometeu o jovem.