Antes de começar as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na W3, o governo terá de convencer a Justiça de que o empreendimento é viável do ponto de vista ambiental. Para isso, terá de apresentar estudos complementares do impacto ambiental, de vizinhança e no trânsito. Somente depois do parecer favorável do Ministério Público é que as obras poderão ser iniciadas. Até lá, as licenças prévia e de instalação emitidas pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram) seguem suspensas, a pedido do Ministério Público (MP).
O promotor Roberto Carlos Batista, da 1; Promotoria de Defesa do Meio Ambiente, Patrimônio e Cultura, alega que o governo não fez os estudos ambientais exigidos por lei. ;Seria temerário permitir a continuação das obras sem verificar a viabilidade;, reforçou. O GDF tem prazo de 90 dias para entregar o levantamento. E o MP, outros 45 dias para analisar os documentos. Prazos que podem atrasar o cronograma de obras.
Na agenda fixada pelo governo, as intervenções na W3 terão início em maio. O secretário de Transportes, Alberto Fraga, garante que não haverá atraso. ;Estamos complementando os estudos como foi pedido e as obras seguirão normalmente. A cada 45 dias entregamos duas quadras;, assegurou.
O superintendente de licenciamento e fiscalização do Ibram, Eduardo Henrique Freire, afirmou que os estudos complementares pedidos pelo MP vão reforçar o que o governo já sabe. ;A W3 já está toda impermeabilizada. Não tem esse impacto ambiental monstruoso como está querendo se mostrar. Além disso, vamos sair de uma tecnologia ônibus a diesel para um veículo movido a eletricidade, que não emite partículas;, destacou.