Jornal Correio Braziliense

Cidades

Distritais suspendem análise de relatório que recomenda abertura de processo contra nove parlamentares

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Legislativa suspendeu a votação do relatórios que recomendam a abertura de processo contra nove distritais. Os parlamentares que participaram da reunião desta quinta-feira (25/2) ; Erika Kokay (PT), vice-presidente, Batista das Cooperativas (PRP), Alírio Neto (PPS) e Dr. Charles (PTB), suplente de Raimundo Ribeiro (PSDB) ; optaram por não prosseguir com a votação por enquanto.

O motivo da decisão foi um pedido de Batista, que insiste na presença de todos os membros da comissão. No entanto, o único não substituído por seu suplente é o presidente da comissão, bispo Renato (PR). O distrital está de licença médica e a suplente, Eurides Brito (PMDB), é uma das investigadas no processo de quebra de decoro parlamentar ; portanto, não pode participar da reunião.

Segundo a assessoria de imprensa de Ribeiro, apesar de o parlamentar fazer parte da comissão, ele não vai participar do encontro por não achar ético avaliar o próprio parecer ; os relatórios que recomendam a abertura de processos contra nove distritais são do deputado que ocupa o cargo de corregedor da Casa. Os parlamentares que marcaram presença esta manhã estavam no cafezinho e conversavam, por volta das 12h40.

Erika Kokay avalia não haver necessidade de cancelamento da votação, como deseja Batista das Cooperativas. Se a vontade da distrital prevalecer, serão votados ainda hoje pelo menos quatro pedidos de abertura de processos.

Os deputados citados são suspeitos de participar de um esquema de recebimento de propina denunciado pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. São eles: Aylton Gomes (PR), Benedito Domingos (PP), Benício Tavares (PMDB), Eurides Brito (PMDB), Brunelli (PSC), Leonardo Prudente (sem partido), Rogério Ulysses (sem partido) e Rôney Nemer (PMDB). O nono nome é o do presidente em exercício da Casa, deputado Cabo Patrício (PT), acusado de favorecer empresas ligadas a Prudente em projeto de lei de sua autoria.