Servidores da PF praticamente desconhecem a rotina de Arruda, já que a sede do COT fica distante dos demais prédios e o acesso às suas dependências é restrito. Como tem feito costumeiramente, Flávia Arruda chegou ontem, por volta das 12h30, para levar o almoço do marido. Sua entrada geralmente é avisada por telefone, para que ela não seja parada na guarita. O objetivo: fugir do assédio da imprensa. Nesta segunda-feira, no entanto, a primeira-dama chegou a se deitar no banco de trás para não ser vista, já que os vidros do carro onde estava têm películas escuras. No entanto, sua chegada não foi comunicada e o carro teve de ser parado, obrigando a visitante a sentar-se normalmente.
Mesmo assim, Flávia não falou com ninguém. Apenas acenou negativamente com a mão. Ela ficou com Arruda por cerca de 45 minutos, cerca de 15 minutos a mais que Cláudio Alencar, um dos advogados do governador afastado, que chegou por volta das 19h40, mas evitou a imprensa. Arruda foi transferido de uma sala de 40 metros quadrados para uma de 10 metros quadrados na última sexta-feira, com ar-condicionado, mesa, frigobar e uma beliche.
"A corrupção faz com que se faça qualquer negócio por dinheiro. Que se comprem consciências, que se vendam consciências (;). A corrupção não é só daquele que procura corromper, mas também daquele que aceita a corrupção"
Dom Geraldo Majella Agnelo, cardeal arcebispo-primaz do Brasil
Dom Geraldo Majella Agnelo, cardeal arcebispo-primaz do Brasil
O número
12 dias
Tempo que o governador afastado está preso no complexo da Polícia Federal, no Setor Policial Sul