Em discursos na tarde desta quinta-feira (18/2), no Plenário da Câmara dos Deputados, alguns parlamentares avaliaram a situação política do Distrito Federal e a possibilidade de intervenção no governo. Segundo a Agência Câmara, o líder do PSB, deputado Rodrigo Rollemberg (DF), comunicou que a executiva regional de Brasília do seu partido decidiu apoiar a intervenção federal no governo do DF como saída constitucional para a crise gerada pelas denúncias de corrupção contra o governador afastado José Roberto Arruda (sem partido).
O deputado também considerou inaceitável que o governo de Brasília seja entregue ao vice-governador Paulo Octávio (DEM), que de acordo com o parlamentar, seria igualmente acusado pela Procuradoria Geral da República (PGR) e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) de pertencer à organização criminosa. Para ele o governo também não deveria ser entregue à Câmara Legislativa do DF, que, na sua opinião, está, em sua maioria, comprometida com Arruda.
Ainda segundo a Agência, o deputado Osório Adriano (DEM-DF) qualificou a intervenção de ;ameaça injustificável;. Segundo ele, o povo de Brasília repudia essa medida que representaria um retrocesso para o processo democrático brasileiro. Para o deputado o melhor seria ocupar o posto de governador de acordo com as substituições previstas na constituição, ou seja, em primeiro lugar pelo vice-governador, depois pelo presidente da Câmara Legislativa Distrital e finalmente pelo presidente do Tribunal de Justiça da capital da República.
Para o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) Arruda deveria pedir desculpas ao povo brasileiro revelando toda rede de corrupção que permeia as relações entre os partidos políticos. Para ele, Brasília está ameaçada é pela impunidade, e não por uma possível intervenção federal.