Os usuários de transporte público na Octogonal e no Sudoeste poderão esperar pelos ônibus com mais conforto a partir deste mês. Pelo menos 20 paradas nas duas cidades passarão por reformas. O trabalho começou na semana passada e ainda não tem data para terminar. Os 14 abrigos para passageiros localizados na Octogonal tiveram prioridade. Isso porque engenheiros da Divisão de Obras da administração regional constataram o risco de desabamento das estruturas. As obras ocorreram em caráter emergencial e estão na etapa final. Em seguida, será a vez de outras seis paradas do Sudoeste e da Estrada Parque Indústrias Gráficas (EPIG) receberem reparos. A revitalização custará R$ 253 mil, previstos em licitação feita em dezembro último.
Na tentativa de acelerar a obra, o governo preferiu usar módulos pré-moldados de concreto armado. Cada um deles tem 1,1 metro de comprimento e vai substituir os antigos locais de espera pelos coletivos, que estavam pichados e encardidos. Os pontos não passavam por reparos há anos e, por isso, ofereciam perigo à população. Quando chovia, a água tomava conta das paradas e o mofo incomodava quem precisava ficar no abrigo próximo à Quadra 4, por exemplo.
A chefe de gabinete da Administração Regional do Sudoeste e Octogonal, Virgínia Sanches, considera o investimento uma questão de segurança. ;Constatamos que essas estruturas estavam com sua vida útil, que é de cinco a 10 anos, vencida há muito tempo. Apesar da manutenção, elas foram se degradando com a ação de vândalos. Esperamos trazer mais segurança à comunidade com essa medida;, explicou Virgínia.
Na altura da Quadra 5, além de reformar as paradas, a administração construiu uma praça e instalou bancos nos abrigos. Um dos pontos dobrou de tamanho para acolher melhor o público. ;Não cabia todo mundo na parada. Mesmo com a ameaça de ela cair, a gente era obrigado a se espremer embaixo dela. Agora ficou 100%;, comemorou a zeladora Euzenir Romeiro, 55 anos, moradora de Santa Maria.
Os usuários aprovaram as modificações, mas reclamam da demora para agir do governo. ;A gente ficava desconfortável, com medo de se molhar. Mas ao mesmo tempo corria o risco de a parada desabar. Era tudo esburacado, uma coisa horrível;, relatou o cozinheiro Maurílio Virgulino da Silva, 38 anos, que trabalha na Octogonal e mora em Ceilândia. ;Há dois anos, eu pego ônibus nas paradas dessa cidade e nunca tinha visto mudança. Já estava passando da hora;, disse Silva.
O número
R$ 253 mil
Total previsto do investimento governamental para reformar 20 paradas de ônibus