A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a seccional do Distrito Federal entraram, na manhã desta sexta (5/2), com uma ação civil pública na Justiça Federal de Brasília pedindo a indisponibilidade dos bens do governador do DF, José Roberto Arruda (sem partido), e dos deputados distritais. Eles são investigados pela Polícia Federal por participação no suposto esquema de pagamento de propina.
Segundo o presidente da OAB, Ophir Cavalcante, a intenção da medida é garantir o retorno aos cofres públicos "daquilo que eventualmente tiver sido subtraído", caso se comprove o desvio de recursos para pagamento de propina. ;Não se está aqui julgando, até porque não é nosso papel, mas exercendo um papel de controle social de zelar para que seja devolvido à sociedade aquilo que dela foi retirado;, justificou Cavalcante.
O presidente da OAB fez um apelo ao Superior Tribunal de Justiça, onde tramita o inquérito. ;Esperamos que o STJ seja rigoroso e tome este caso como paradigma do combate à corrupção.;
Em entrevista coletiva nesta manhã, o presidente da OAB-DF, Francisco Caputo, lamentou o epsódio a suposta tentiva de suborno de uma das testemunhas do chamado mensalão do Democratas. "O que aconteceu e foi noticiado ontem é da mais alta gravidade. O que nós vimos ontem é uma tentativa de tumultuar ou inibir as investigações."