Jornal Correio Braziliense

Cidades

Polícia Civil de Goiás permanece à frente das investigações dos desaparecimentos

A Polícia Federal só poderá intervir caso o Governo de Goiás peça ajuda, segundo secretário executivo do Ministério da Justiça

O secretário executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto, recebeu, na manhã desta quarta-feira (4/2), as mães dos seis jovens desaparecidos em Luziânia (a 66 km de Brasília). No entanto, ele descartou a participação da Polícia Federal no caso. Segundo o secretário, a intervenção depende de pedido do governador de Goiás Alcides Rodrigues (PP-GO).

Luiz Barreto explicou que a PF age apenas em três casos: crime federal, crime interestadual (quando as polícias de dois ou mais estados ficam impedidas de agir), ou quando há uma requisição do Estado ao Ministério da Justiça.

Ele disse que entrou em contato com o secretário de Segurança Pública de Goiás, Ernesto Roller, esta manhã, para conversar sobre as investigações dos casos. Segundo Luiz Barreto, Roller disse que não há nada que a Polícia Federal possa fazer além do que as equipes do estado já têm colocado em prática.

;Ele agradeceu (a ajuda federal), mas disse que a Polícia Civil está muito envolvida e que não vê necessidade (da participação da PF nas investigações). Caso a situação mude e o o Governo de Goiás veja necessidade de pedir auxilio federal nas investigações, Ernesto Roller se comprometeu, ainda de acordo com o secretário executivo, a entrar em contato.

[SAIBAMAIS]Em relação ao requerimento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Crianças e Adolescentes Desaparecidos, que pede a participação da Polícia Federal nas investigações, Barreto informou que os parlamentares não têm poder de fazer esse pedido. A PF não pode ser convocada nem para auxiliar nas investigações da CPI, como sugeriu o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) (Entenda o requerimento no Saiba mais...).

Encontro

Por volta de 11h, as mães dos adolescentes se encontraram com o secretário e se mostraram satisfeitas com o que ele lhes disse. Segundo a irmã de Márcio Lopes, 19 anos, Lúcia Maria Sousa Lopes, 25, a conversa foi proveitosa. ;Teremos outra reunião para continuar a discutir a entrada da Polícia Federal no caso;. De acordo com Barreto, na próxima semana será marcado um outro encontro com a comitiva das mães de Luziânia.